O objeto estampado com o brasão do município de Itanhaém (SP) estava
coberto por emblema de personagem infantil.
Um
morador de Sobral descobriu,
ao comprar um estojo verde em uma loja do município, que o objeto
em questão seria parte domaterial
escolar possivelmente distribuído pela rede pública de
ensino de Itanhaém,
localizado na região da Baixada Santista do estado de São
Paulo.
Ao
comprar o estojo, o guarda civil José Ari Carvalho resolveu retirar emblema do
personagem infantil Ben 10, que
estava costurado ao objeto. Foi quando percebeu que a figura cobria o brasão da Prefeitura
de Itanhaém. José Ari gravou um vídeo expondo a situação e o
publicou em seu perfil na rede social no último dia 28.
Com a
repercussão alcançada pelo vídeo, o Secretário de Trânsito e
Segurança de Itanhaém, Sílvio César Oliveira, desembarcou em
Sobral para averiguar a situação na última segunda-feira, dia 2, e comprou todo
o estoque de produtos similares da loja.
Foram recolhidas 294 unidades de estojos com etiquetas do Ben 10 e
bandeiras do Brasil que, de acordo com o gerente do estabelecimento, Francisco
Mauro Gomes, teriam sido adquiridas de uma grande distribuidora de Fortaleza. A
princípio, 400 estojos haviam sido adquiridos, mas os demais já foram vendidos.
Suspeita
Por meio
de rede social, o prefeito de Itanhaém,
Marco Aurélio, garantiu que os estojos escolares distribuídos pela Prefeitura
desde 2013 são azuis, portanto, diferentes dos que estavam à
venda em Sobral. O prefeito levantou ainda a suspeita de que se
trataria de um crime contra o município de Itanhaém e prometeu tomar as medidas
judiciais cabíveis tão logo o caso fosse esclarecido. A postagem foi seguida de
comentários em apoio ao Prefeito.
José Ari
Carvalho alega que o vídeo foi gravado motivado pelo sentimento
de indignação sobre o suposto desvio do material. "Não
conhecia esse município até descoturar o estojo. Não é meu interesse prejudicar
ninguém. Quando eu vi o brasão de Itanhaém no estojo, fiquei revoltado, pois eu
também tenho uma filha estudando na rede municipal aqui de Sobral e se isso
acontecesse com o material daqui, eu teria ficado com muita raiva",
comenta o guarda civil.
Caso
anterior
A
cidade de Itanhaém já foi cenário de uma outra polêmica envolvendo o material
escolardistribuído pela Prefeitura. Em 2013, o Ministério
Público de São Paulo abriu inquérito civil público para apurar o caso de
mochilas que possuíam o brasão da cidade costurados sobrepondo o símbolo da
Prefeitura de São Luís (MA). O caso ainda está em investigação.
Foto: Wellington Macedo