Seis meses após morte de Gaia Molinari, crime continua sem respostas

Dentre as pessoas consideradas suspeitas, estavam um casal estrangeiro, um italiano instrutor de windsurf e a farmacêutica Mirian França


Seis meses depois da morte da turista Gaia Molinari , ainda não foram encontradas respostas sobre a autoria do crime que tirou a vida da italiana. Dentre os suspeitos, estava um casal estrangeiro, formado por uma francesa e um uruguaio; um italiano instrutor de windsurf; e a farmacêutica carioca Mirian França de Mello, que chegou a ficar detida por um mês, após prestar informações contraditórias à polícia.
Em nota, a Polícia Civil afirma que as investigações referente o caso Gaia Molinari continuam e que diligencias no sentido de elucidar a morte continuam. “O inquérito Policial instaurado segue na Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), que conta com o apoio das Divisões de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e Antissequestro (DAS)”.
Em entrevista à Tribuna Bandnews FM, Cesare Villone, responsável pelo setor judicial e pela tutela dos italianos no Ceará, disse que o governo italiano e a família de Gaia têm esperança que o autor do crime seja preso. “No dia 2 de junho fizemos uma reunião com o chefe da Polícia Civil, que afirmou que vai continuar o inquérito e está trabalhando sobre o caso. Tem possivelmente alguma pista aberta. Temos confiança em chegar à solução do caso”. 

Relembre o caso
Em 25 de dezembro, a italiana Gaia Molinari foi encontrada morta na Praia de Jericoacoara, em Jijoca, a 287 quilômetros de Fortaleza. O corpo da turista estava próximo à Pedra Furada, um dos principais pontos turísticos da região. Ela estava de biquíni, canga e mochila. Foram encontrados ainda uma baladeira, roupas e um cordão contendo material genético da italiana. Gaia foi morta por asfixia mediante estrangulamento,de acordo com o laudo da necrópsia realizado no Instituto Médico-Legal de Sobral. Ela apresentava lesões na cabeça e arranhões pelo corpo.
Dois dias após o corpo ter sido encontrado, a polícia chegou a prender um suspeito na própria localidade de Jericoacoara, mas foi liberado depois de realizar exames periciais e depoimentos. Na ocasião, a delegada-adjunta da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), Patrícia Bezerra, afirmou que não houve indícios suficientes para a prisão em flagrante do suspeito.
O crime ganhou reviravolta quando uma amiga de Gaia Molinari, a farmacêutica Mirian França, foi detida devido a depoimentos contraditórios, segundo a polícia. No dia 26 de janeiro, a carioca havia prestado depoimento na condição de testemunha e depois viajou para Canoa Quebrada, outro destino turístico do Ceará. Gaia e Mirian conheceram-se em uma pousada em Fortaleza, dias antes do assassinato.
Após o primeiro depoimento da farmacêutica, a polícia voltou a ouvir Mirian França e chegou à conclusão de que a carioca era suspeita de participação na morte de Gaia Molinari, pois seu discurso havia mudado. Ela foi encaminhada à Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), onde permaneceu por 15 dias. Na ocasião, o juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da Comarca de Jijoca, revogou a prisão temporária depois de analisar informações enviadas pelas Polícia Civil e decidir que “a prisão temporária não deve se aplicar à Mirian”.
A italiana Gaia foi enterrada no dia 17 de janeiro, em uma cerimônia realizada na cidade de Rivalta, na Itália.
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