Autor do requerimento, vereador Joaquim Rocha (PV) reconhece que é abrangente o foco das investigações, mas afirma que objetivo é auxiliar na busca por serviço de qualidade
A suposta “falta de compromisso da Coelce com seus clientes” é o mote da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal de Fortaleza para investigar os serviços da Companhia Energética do Ceará (Coelce). Ontem, foi finalizada a formação da comissão com o anúncio do presidente e do relator da CPI.
A suposta “falta de compromisso da Coelce com seus clientes” é o mote da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Municipal de Fortaleza para investigar os serviços da Companhia Energética do Ceará (Coelce). Ontem, foi finalizada a formação da comissão com o anúncio do presidente e do relator da CPI.
O vereador Deodato Ramalho (PT) presidirá o grupo. Segundo ele, está marcada reunião na próxima terça-feira para que a comissão, formada por sete vereadores, defina o cronograma de atividades. “Temos de ver se o nível de eficiência da Coelce atende à demanda da população”, afirma o petista. “A negligência da Coelce foi que fortaleceu a necessidade de criação da CPI”, diz o vereador. Para ele, faltou apoio da companhia durante as discussões prévias na Câmara.
Autor e relator da CPI, o vereador Joaquim Rocha (PV) reúne em seu gabinete envelopes com denúncias de consumidores da Coelce, requerimentos da Câmara à empresa e reportagens de jornais. Ele reconhece que é abrangente dizer que o foco das investigações é “a relação da Coelce com os clientes”. No entanto, reafirma que o objetivo é auxiliar a população na busca por um serviço de qualidade.
Queixas
Um dos objetivos dos vereadores é abrir canais de diálogo com a população para que novas queixas contra a Coelce possam embasar a CPI. Conforme o vereador João Alfredo (Psol), a população poderá contatar a Câmara via Internet, pelo telefone ou pessoalmente. A comissão pede também que a presidência da Casa ofereça auxílio técnico para as atividades do grupo.
Entre as denúncias, Rocha elenca dificuldade na expansão da rede de iluminação, demora para o conserto de fios rompidos e para religação de energia, substituição de postes, atrasos em manutenção, dentre outros. O relator esclarece que a CPI não deve tratar de preços e tributos por se tratar de determinações nacionais, nem da iluminação pública, que é de responsabilidade da Prefeitura de Fortaleza.
Através de e-mail da assessoria de comunicação, a Coelce afirma que procede conforme determinações estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica no que diz respeito à religação de energia e substituição de postes. De acordo com a empresa, desde 2002, a manutenção, expansão e operação da iluminação pública são geridas pelo Poder Executivo. “Os serviços executados seguem planejamentos e são controlados pela distribuidora”, diz a Coelce. Em relação à CPI, a Coelce afirma que ainda não foi notificada oficialmente e que “estará sempre aberta para prestar esclarecimentos”.
Via O Povo