Incertezas afetam abertura de capital de empresas cearenses

Os prognósticos incertos para a economia em 2016 e o cenário de retração têm instigado as empresas a não investirem na abertura de capital. O mecanismo, favorável à captação de recursos e valorização nominal, está sendo postergado por companhias cearenses.

De acordo com o mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Ricardo Coimbra, em vez de crescer, o valor da empresa pode despencar, com base na baixa perspectiva de retorno. Segundo ele, o mercado de capitais foi afetado pela falta de governança de algumas empresas, em especial, da Petrobras. “A falta de governança e do processo de corrupção da Petrobras abalou o mercado e gerou um nível de incerteza para os investidores e queda de valorização das companhias brasileiras”, adianta.

Deusmar Queirós, fundador e presidente das Farmácias Pague Menos, diz que a ausência de credibilidade contribuiu para a abertura de capital daqui a dois anos. “Estamos nos preparando para abrir capital apenas em 2017. Não vai ser agora que abriremos. As empresas não querem investir agora. Falta credibilidade”, ressalta ao mencionar o período vivido pelo País.

Outra empresa que estaria estudando o processo é a operadora de saúde Hapvida. A medida estratégica se daria em meados de 2016. A Hapvida ressaltou ao O POVO que não irá se pronunciar sobre a abertura de capital. Com um faturamento de R$ 2,5 bilhões em 2014 e acima dos 3 milhões do beneficiários, a empresa atua em 11 estados.(Átila Varela)
Via O Povo

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