Com o aumento de 24% do valor do GLP para as revendedoras, as lojas da Capital estão vendendo botijão de gás com o preço até 20,37% mais caro, segundo pesquisa do O POVO
O preço do gás de cozinha - Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - aumentou em 24% para as revendedoras do produto. Com isso, segundo pesquisa feita pelo O POVO, o valor do botijão de gás de 13 quilos (GLP-P13), em Fortaleza, alcançou até R$ 65 e o mínimo de R$ 57. Na comparação com preços anteriores, a variação ficou entre 7,54% e 20,37%. Os preços antigos iam de R$ 50 a R$ 54 nos estabelecimentos pesquisados.
O preço do gás de cozinha - Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - aumentou em 24% para as revendedoras do produto. Com isso, segundo pesquisa feita pelo O POVO, o valor do botijão de gás de 13 quilos (GLP-P13), em Fortaleza, alcançou até R$ 65 e o mínimo de R$ 57. Na comparação com preços anteriores, a variação ficou entre 7,54% e 20,37%. Os preços antigos iam de R$ 50 a R$ 54 nos estabelecimentos pesquisados.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado de 23 a 29 de agosto - antes do aumento - em Fortaleza, o preço médio do gás de cozinha estava em R$ 51,88, chegando ao máximo de R$ 55.
O aumento de 24% para revendedores se deve ao reajuste médio de 15% para o gás nas refinarias, anunciado pela Petrobras na última segunda-feira e que entrou em vigor. Além disso, houve aumento médio anual de 9% referente ao reajuste salarial dos trabalhadores da categoria. Este é o primeiro aumento do preço do gás de cozinha nas refinarias desde dezembro de 2002.
Entidades
Alexandre Borjaili, presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), disse que existem muitos restaurantes que utilizam o botijão de 13 kg. “Mas já há informações que as companhias também irão passar esse aumento ao industrial. O que me chegou é que o industrial deve chegar nos 10% de aumento, mas ainda não temos nada de forma oficial”, diz.
Para ele, a Petrobras e o Governo Federal não precisavam aumentar o gás. De acordo com Robson Carneiro, presidente do Sindicato das Revendedoras (Sergás), não há como segurar o preço final. “Os nossos custos também subiram muito”, afirmou em nota.
Pressão
Já Sergio Bandeira de Mello, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), justificou o aumento dos preços das distribuidoras para as revendedoras a pressões inflacionárias. “Tem a intensidade de mão de obra, o componente logística, diesel, gasolina, conta de luz”, explica.
Apenas de aumento na tarifa de energia elétrica, Bandeira relata que houve um aumento médio de 50% nas empresas distribuidoras. Porém, sobre a elevação de preços para revendedoras ele não comentou. “Os preços são livres em todos os elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los”.
Quem já sentiu no bolso o reajuste foi Paulo Sérgio Gomes, proprietário da Churrascaria O Paulinho, no bairro Passaré. “É um impacto terrível de R$ 1.350 de diferença por mês. Já aumentamos, ainda hoje (ontem), 20% do nosso preço do cardápio para o consumidor. Não tem como suportar. Comprava de R$ 45 e agora o preço do botijão foi para R$ 60”, queixa-se.
O POVO procurou a Petrobras para comentar o motivo do aumento de 15% do preço do GLP nas refinarias, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.