Falta de câmeras, uma linha de investigação “equivocada” envolvendo a carioca Mirian França como suspeita, falta de policiamento ostensivo e o intenso tráfico de drogas na região foram alguns dos fatores citados pelo defensor público, Emerson Castelo Branco, como dificuldades para elucidar o crime. “Em minha opinião, o principal fator para que o caso não tenha sido elucidado foi ter voltado a atenção para Mirian (carioca com quem Gaia chegou a Jericoacoara)”, disse o defensor, que acompanhou as investigações. Mais de 50 pessoas foram ouvidas no inquérito.
Segundo o advogado público, quase todo mundo que foi ouvido nos depoimentos relatou que estava fazendo uso de drogas. “Conheço todos os detalhes do caso e posso dizer que ela foi assassinada por um maníaco ou drogado. É impossível saber quem matou Gaia, porque as pessoas que estavam ali eram de fora. As provas já desapareceram, os vestígios sobre o caso e tudo que foi apurado é insuficiente para apontar uma autoria. Não existe mais nada e não haverá mais nada”, relatou.
Ele critica as “falsas evidências“ que levaram a Polícia até Mirian, apontando para crime passional. “Ficou provado que não havia relação amorosa entre as duas. Também se provou que as passagens para Canoa estavam compradas com antecedência e que as duas haviam se despedido, não teve fuga. As evidências caíram por terra”, comentou.
Em nota, a Polícia Civil afirma que “a equipe de investigação é coordenada pelo delegado Rommel Kerth, diretor do Departamento de Polícia Especializada, e composta pela delegada Patrícia Bezerra, atual diretora-adjunta da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas, que continua presidindo o inquérito policial; e os delegados Vicente Aguiar, da Divisão Antissequestro, e Danilo Rafanelle, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa”.
Via Jornal O Povo
Foto: G1