Pelo menos três suicidas participaram do duplo atentado que matou 28 pessoas e feriu outras 60 em Istambul, na Turquia. De acordo com o ministro da Justiça turca, Bekir Bozdag, os suicidas se explodiram no Aeroporto de Ataturk na noite dessa terça-feira (28), durante confronto com a polícia local.
O Aeroporto de Ataturk é o terceiro mais movimentado da Europa e o maior da Turquia, alvo frequente de ataques, principalmente de separatistas curdos.
Segundo a emissora CNN turca, as bombas teriam sido acionadas no terminal internacional, mas ainda não há uma confirmação oficial do local exato das explosões. As autoridades de telecomunicações do país proibiram a divulgação de imagens que mostrem a cena do ataque, um tipo de censura recorrente na Turquia em caso de ações terroristas.
Nos últimos meses, o grupo Falcões pela Libertação do Curdistão (TAK) realizou diversos atentados em solo turco. Suas atividades são motivo de controvérsia, já que alguns acreditam que o TAK é apenas uma franja do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a mais ativa organização militante curda, enquanto outros defendem que ele é totalmente independente.
Com 26 milhões de pessoas, os curdos são a maior etnia sem Estado próprio em todo o mundo. Eles reclamam soberania sobre um território que cobre majoritariamente o Sudeste da Turquia e o Norte do Iraque e da Síria. Estima-se que o conflito de décadas com Ancara já tenha deixado mais de 40 mil mortos.
Em nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro condenou os atentados em Istambul. No comunicado, o governo brasileiro transmite suas sinceras condolências aos familiares das vítimas, assim como sua solidariedade ao povo e ao governo da Turquia, e reitera seu firme repúdio a qualquer forma de terrorismo.
A nota divulgada pelo Itamaraty informa que o Consulado-Geral do Brasil em Istambul acompanha de perto a situação e diz que não há, até o momento, registro de cidadão brasileiro entre as vítimas.
Via Ceara Agora
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