O Governo do Ceará vai anunciar nos próximos dias o seu segundo pacote de contenção de gastos. As medidas ainda estão em estudo na Secretaria da Fazenda, mas a meta é promover cortes de despesas que gerem uma economia na faixa entre R$ 150 e R$ 200 milhões.
Os cortes têm como objetivo gerar a economia para garantir o pagamento dos servidores públicos, os fornecedores e os investimentos considerados prioritários. A situação está assim: ou força o corte nas despesas ou haverá graves problemas em um dessas três áreas.
O Ceará é um dos poucos estados da Federação que mantém em dia e sem parcelar o salário dos servidores. A maioria dos estados, incluindo potências como Minas Gerais e Rio de Janeiro, está literalmente quebrada.
O Ceará só não foi à bancarrota por causa da cultura de equilíbrio e a responsabilidade dos secretários da Fazenda, incluindo Mauro Filho, o atual, que se manteve ao longo de duas décadas, mesmo com sucessivas trocas de governadores.
Até que as receitas próprias vêm se mantendo em linha crescente, mas as constantes quedas nas transferências da União ligaram as sirenes no alerta máximo. De janeiro de 2015 até o final de 2016, as perdas do Ceará devem chegar a R$ 780 milhões somente com o Fundo de Participação dos Estados (FPE), que depende do bom desempenho da economia nacional e, por conseguinte, da arrecadação federal.
Via O Povo