De hoje até quinta-feira, 5, a previsão é de chuvas no Ceará. É possível que as precipitações cheguem a 50 milímetros (mm) e alcance desde o Norte do Estado até as regiões do Maciço de Baturité e Serra da Ibiapaba. A atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), fenômeno que facilita a formação de nuvens, é responsável por estas chuvas de pré-estação. Para a quadra chuvosa cearense, que começa em fevereiro, as previsões ainda são inconstantes.
O prognóstico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é otimista. O modelo utilizado pelo órgão considera a comparação de 2017 com anos análogos. Ou seja, as séries de precipitações fornecem informações sobre as irregularidades temporais. “As secas são cíclicas. A cada 25 anos, o Nordeste vive uma seca severa, de até cinco anos. Depois desse ciclo, vêm dois anos de boas chuvas”, diz o coordenador de meteorologia do Inmet, Expedito Rebelo.
Conforme ele, os modelos meteorológicos dinâmicos têm previsão garantida de apenas alguns dias. Com dados históricos e médias climáticas acumuladas é possível fazer um prognóstico climatológico. “O Nordeste tem série de mais de cem anos. Estudando as séries anteriores, você consegue extrapolar para três ou quatro meses”, detalha.
Ainda de acordo com Expedito, a temperatura na superfície do Oceano Atlântico Tropical pode definir se as chuvas em 2017 serão mais intensas no Ceará. “Na costa da África, em 2015, estava frio. Agora está mais quente e isso muda o padrão das chuvas para o Norte do Nordeste. Águas frias inibem as chuvas, não tem evaporação para formar as nuvens e o sistema de ZCIT não atua”, explica.
Funceme
O prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) para a quadra chuvosa (de fevereiro a maio) deve ser divulgado na segunda quinzena deste mês. O meteorologista Raul Fritz rebate o prognóstico do Inmet. Segundo ele, no Ceará, cinco anos seguidos de seca só aconteceram em 1910. “Por isso não podemos dizer que sempre depois de um período desse teremos chuva”, aponta.
Conforme Fritz, os órgãos nacionais fazem prognósticos para o Norte do Nordeste, que inclui Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. “No Maranhão, o sistema meteorológico já é diferente. O modelo pode até distinguir o Ceará como alvo, mas é arriscado”, pondera o meteorologista.
Para esta semana, entretanto, o especialista reitera a previsão de ocorrência de chuvas. Já as previsões para 2017 não seguem a mesma tendência. “O La Niña (que influencia a ocorrência de chuvas no Estado) já está bem fraco e há uma probabilidade de 70% de ele se dissipar e não chegar até o período de quadra chuvosa, quando a gente mais precisa”, explica.
Frase
AS SECAS SÃO CÍCLICAS. A CADA 25 ANOS, O NORDESTE VIVE UMA SECA SEVERA, DE ATÉ CINCO ANOS. DEPOIS DESSE CICLO, VÊM DOIS ANOS DE BOAS CHUVAS”
Expedito Rebelo, coordenador de meteorologia do Inmet
Saiba mais
De acordo com o meteorologista Raul Fritz, da Funceme, o órgão aguarda definições sobre a temperatura no Oceano Atlântico.
Isso porque, com o Oceano Pacífico apresentando temperatura neutra, a dependência das chuvas fica com o Atlântico Tropical.
Porém, essas definições só começam a acontecer no início de cada ano.
Boias na superfície e nas profundezas dos oceanos são responsáveis por fornecer informações à Funceme.
Os especialistas destacam a importância da gestão consciente dos recursos hídricos no Ceará, independentemente dos prognósticos de chuvas.
O prognóstico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é otimista. O modelo utilizado pelo órgão considera a comparação de 2017 com anos análogos. Ou seja, as séries de precipitações fornecem informações sobre as irregularidades temporais. “As secas são cíclicas. A cada 25 anos, o Nordeste vive uma seca severa, de até cinco anos. Depois desse ciclo, vêm dois anos de boas chuvas”, diz o coordenador de meteorologia do Inmet, Expedito Rebelo.
Conforme ele, os modelos meteorológicos dinâmicos têm previsão garantida de apenas alguns dias. Com dados históricos e médias climáticas acumuladas é possível fazer um prognóstico climatológico. “O Nordeste tem série de mais de cem anos. Estudando as séries anteriores, você consegue extrapolar para três ou quatro meses”, detalha.
Ainda de acordo com Expedito, a temperatura na superfície do Oceano Atlântico Tropical pode definir se as chuvas em 2017 serão mais intensas no Ceará. “Na costa da África, em 2015, estava frio. Agora está mais quente e isso muda o padrão das chuvas para o Norte do Nordeste. Águas frias inibem as chuvas, não tem evaporação para formar as nuvens e o sistema de ZCIT não atua”, explica.
Funceme
O prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) para a quadra chuvosa (de fevereiro a maio) deve ser divulgado na segunda quinzena deste mês. O meteorologista Raul Fritz rebate o prognóstico do Inmet. Segundo ele, no Ceará, cinco anos seguidos de seca só aconteceram em 1910. “Por isso não podemos dizer que sempre depois de um período desse teremos chuva”, aponta.
Conforme Fritz, os órgãos nacionais fazem prognósticos para o Norte do Nordeste, que inclui Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. “No Maranhão, o sistema meteorológico já é diferente. O modelo pode até distinguir o Ceará como alvo, mas é arriscado”, pondera o meteorologista.
Para esta semana, entretanto, o especialista reitera a previsão de ocorrência de chuvas. Já as previsões para 2017 não seguem a mesma tendência. “O La Niña (que influencia a ocorrência de chuvas no Estado) já está bem fraco e há uma probabilidade de 70% de ele se dissipar e não chegar até o período de quadra chuvosa, quando a gente mais precisa”, explica.
Frase
AS SECAS SÃO CÍCLICAS. A CADA 25 ANOS, O NORDESTE VIVE UMA SECA SEVERA, DE ATÉ CINCO ANOS. DEPOIS DESSE CICLO, VÊM DOIS ANOS DE BOAS CHUVAS”
Expedito Rebelo, coordenador de meteorologia do Inmet
Saiba mais
De acordo com o meteorologista Raul Fritz, da Funceme, o órgão aguarda definições sobre a temperatura no Oceano Atlântico.
Isso porque, com o Oceano Pacífico apresentando temperatura neutra, a dependência das chuvas fica com o Atlântico Tropical.
Porém, essas definições só começam a acontecer no início de cada ano.
Boias na superfície e nas profundezas dos oceanos são responsáveis por fornecer informações à Funceme.
Os especialistas destacam a importância da gestão consciente dos recursos hídricos no Ceará, independentemente dos prognósticos de chuvas.
Reprodução Site www.MassapeCeara.Com | Por Sara Oliveira