Relatoria da Lava Jato no STF pode ter de esperar nomeação de novo ministro.
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), falecido nesta quinta-feira (19) em acidente aéreo no Rio de Janeiro, havia interrompido, na quarta-feira (18), as férias e compareceu à sede da Corte para analisar as delações premiadas dos 77 executivos da Odebrecht e começar os procedimentos preparatórios para a homologação do acordo.
Mesmo durante o recesso, a equipe do ministro - relator da Lava Jato no STF - formada por juízes e servidores de confiança, já havia começado a analisar parte do material, que estava no gabinete de Teori. A delação da Odebrecht é vista como a "delação do fim do mundo" em Brasília, podendo atingir cerca de duzentos deputados, governadores, ex-governadores e senadores.
A homologação da delação da Odebrecht estava prevista para fevereiro deste ano, porém, com a morte de Teori, a burocracia para a substituição do ministro na relatoria da Lava Jato deve postergar o processo. Com a homologação, os depoimentos podem ser usados para abrir novas investigações.
Lava Jato
Com a morte de Teori, caberá à presidente do STF, Cármen Lúcia, decidir o futuro da relatoria da Lava Jato na Corte. Segundo o regimento da Casa, há duas possibilidades: a relatoria pode ter de esperar a nomeação de um novo ministro - processo que passa pelo Congresso Nacional - ou ser repassada ao revisor do caso, o ministro Celso de Mello.
Ameaça
Em maio de 2016, o filho do ministro Teori, Francisco Zavascki, usou o twitter para alertar sobre movimetações escusas para frear a Lava Jato.
Maurício Moreira
Ceará News 7