Governo do Ceará cria programa para jovens que não trabalham e nem estudam

O projeto "Superação" será para 700 mil jovens na faixa etária entre 15 a 29 anos, que nem trabalham e nem estudam, os "nem-nem", voltem às atividades


Segundo o portal O Povo, o Governo do Estado do Ceará prepara para lançar em 2019 o programa "Superação", voltado para a população de mais de 700 mil jovens cearenses, entre 15 e 29 anos, que fazem parte do grupo que não estudam ou trabalham, os chamados "nem-nem". Os dados numéricos são da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o portal, o foco será no combate a pobreza entre os jovens, conforme Flávio Ataliba, diretor-geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Com trabalho conjunto entre o órgão, as Secretarias de Planejamento do Estado (Seplag), do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), e coordenação do chefe de gabinete do governador, Élcio Batista, o programa terá ações em diferentes frentes, que ainda serão divulgadas.

Comparando o total de 2016, quando 642,1 mil cearenses estavam nesta situação, frente a 676,6 mil no fim de 2017, existe aumento de 5,37% no período. Próximo dado será disponibilizado em dezembro. Mas, a expectativa é que o número de jovens que nem estudam e nem trabalham ultrapasse 700 mil pessoas.

Viver sem trabalhar ou estudar é realidade para Ismael Geferson Carneiro, 22 anos, que mora na comunidade de Pistola, zona rural de Santana do Acaraú, ele estudou na Escola de Educação Profissional Chagas Vasconcelos,  onde concluiu o Ensino Médio Técnico em Eletrotécnica aos 20 anos. O jovem conta que não conseguiu ingressar no Ensino Superior, nunca recebeu oportunidade no mercado de trabalho formal e continua tentando um emprego, apesar de receber muitos nãos.

"As empresas geralmente pedem experiência e nós não temos, sou formado e não consigo uma vaga no mercado de trabalho por falta de experiência. Cheguei a trabalhar em uma clinica em Sobral, mas fui dispensado um mês depois", revela.

O Povo

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