Morte de italiana em Jeri completa quatro anos sem respostas

Gaia Molinari foi encontrada morta no dia 25 de dezembro de 2014, em Jericoacoara. Só neste ano de 2018, foram colhidos depoimentos de 15 testemunhas e realizados novos exames de DNA



Envolto por polêmicas, o 'Caso Gaia' completa quatro anos, com lacunas que nunca foram preenchidas. Desde o dia 25 de dezembro de 2014, quando o corpo da italiana Gaia Molinari foi encontrado, de bruços, entre areia e mato em uma duna na Praia de Jericoacoara, permanece a questão: quem matou Gaia?

Vestida de biquíni e com uma mochila nas costas. Cabeça ferida, com golpes na testa e agressões no queixo. Mãos roxas e marcas no pescoço, com estrangulamento confirmado pela perícia. Os detalhes do crime se resumem a como a italiana estava. Não se sabe quem a deixou assim.

Duas pessoas chegaram a ser mantidas presas sob suspeita de assassinar a estrangeira. Passados janeiro de 2015 e abril de 2016, épocas das solturas de Mirian França, tida no início da investigação como a principal suspeita pelo assassinato, e Francisco Douglas de Sousa, outro suspeito capturado, pouco se ouviu falar acerca do caso. Em março deste ano, a morte da italiana voltou para o foco da Polícia Civil do Estado do Ceará. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) divulgou que novas diligências foram feitas a fim de elucidar o caso. Conforme a Pasta, as investigações visando elucidar o homicídio estão em andamento. O inquérito policial está a cargo da delegada Socorro Portela.

"Após a reabertura do procedimento, foram colhidos depoimentos de 15 testemunhas com a finalidade de robustecer as apurações. Novos exames de DNA foram realizados, entre eles, em um estilingue, que foi encontrado no local do crime. A Polícia Civil solicita a colaboração da população para enviar informações que possam a elucidar o homicídio que vitimou a italiana", disse a SSPDS, na última semana.

Reavaliação

A reportagem apurou que Socorro Portela vem se reunindo com investigadores no intuito de rever os indícios colhidos ao decorrer destes quatro anos. Informações que possam ajudar a elucidar o caso podem ser direcionadas para o Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, no número 181. A SSPDS ressaltou garantir sigilo do denunciante.

Quando registrado, o caso esteve a cargo da Delegacia de Proteção ao Turista (Deprotur), sendo posteriormente assumido por uma força-tarefa coordenada por policiais do Departamento de Polícia Especializada (DPE), da Divisão Antissequestro (DAS) e do Departamento de 

Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Atualmente, o procedimento está com a Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), presidida por Socorro Portela. A reportagem solicitou entrevista com a delegada, mas não teve o pedido atendido.

Diario do Nordetse

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