Dirigir motocicleta descalço ou de chinelos aumenta o risco de lesão grave em caso de acidentes. Em muitos casos, podem terminar até em amputações.
Edmundo Alves quebrou o pé em um acidente de moto. Ele estava de chinelos e, além da fratura, ainda teve dois dedos decepados na batida.
No primeiro semestre de 2018, 3.585 motociclistas deram entrada na emergência do Instituto Doutor José Frota (IJF). O número é três vezes maior do que o de vítimas de acidentes de carro.
Somente em janeiro de 2019, o hospital atendeu 682 motociclistas. As lesões mais frequentes foram os traumas de extremidades, como tornozelos e pés. Em muitos casos, a lesão é tão grave que nem é possível fazer o reimplante do membro decepado.
Os especialistas alertam que muitas dessas amputações poderiam ser evitadas se os motociclistas tomassem um cuidado bem simples: usar sapatos fechados no trânsito.
A lei brasileira proíbe apenas o uso de calçados que não se firmem nos pés, como chinelos de dedo. A infração é média, com multa de R$ 130,16. Mesmo assim, é comum encontrar motociclistas de chinelos em Fortaleza. Pilotar descalço até é permitido, mas não é recomendado.
Segundo a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), quanto mais itens de proteção, melhor, inclusive para outras partes do corpo que também podem ser lesionadas em caso de acidentes.
O capacete afivelado e com a viseira baixa é obrigatório. Luvas, cotoveleiras, joelheiras e botas são opcionais. Também é importante ficar atento à posição dos pés nos pedais.
Com informações do Tribuna do Ceará.