Gleydson Carvalho foi alvejado por três disparos e morreu a caminho do hospital, em 2015
Os acusados do assassinato do radialista Gleydson Carvalho, em Camocim, no litoral oeste do Ceará, foram condenados nesta quarta-feira (10). Thiago Lemos da Silva recebeu 27 anos de reclusão por meio da decisão do juiz Mikhail de Andrade Torres, da 1ª Vara da Comarca de Camocim. Outras duas mulheres envolvidas diretamente no crime, Gisele Souza do Nascimento e Regina Rocha Lopes, foram condenadas a 23 anos de prisão.
De acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE), Thiago Lemos foi contratado para assassinar o radialista. O pistoleiro invadiu o estúdio da Rádio Liberdade FM, local de trabalho da vítima, e executou Gleydson com três tiros.
Segundo consta no autos do processo, o crime foi contratado por João Batista Pereira da Silva, tio do então prefeito de Camocim, e teria sido motivado pela não aceitação de denúncias e críticas feitas por Gleydson em um programa na rádio sobre supostas irregularidades no âmbito da gestão municipal.
O MPCE ainda informou que o radialista chegou a relatar que estava recebendo ameaças de morte. Gisele Souza e Regina Lopes auxiliaram no apoio logístico para que não fossem levantadas suspeitas sobre a fase de levantamento do local mais adequado para execução da vítima e das rotas de fuga mais exitosas após a consumação do homicídio.
Após o crime, Thiago Lemos da Silva se evadiu do local abandonando armas de fogo que foram usadas na execução, documentos pessoais, bilhetes de passagens, celulares, o valor de R$ 1.800,00 em espécie, além de outros objetos pessoais.
Investigação
Na peça da denúncia, o promotor de Justiça destacou que há fortes indícios de envolvimento de outras pessoas não identificadas, sobretudo, no financiamento e formatação do plano de execução do radialista.
Diario do Nordeste