Itapipoquense que comandou sequestro de empresário é agora condenado por assassinar traficante rival

Crimes anteriores imputados ao réu incluem o comando, de dentro do presídio, do sequestro do empresário Ricardo Rolim, dono da revenda de veículos Crasa, em 2006. Além disso, ele havia sido comandado por assalto à Corpvs O réu já cumpria pena, em regime semiaberto



Francisco Talvane Teixeira, acusado de ser chefe do tráfico no município de Itapipoca, foi condenado nessa terça-feira, 9, pelo assassinato do traficante Francisco Martins Soares, conhecido como Chiquinho. Teixeira pegou 15 anos de prisão, em decisão do Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Fortaleza. A sessão durou quase 13 horas.
Teixeira foi enquadrado por homicídio triplamente qualificado e associação criminosa. Ele já era apontado como responsável por sequestro e assaltos.
Outros dois réus foram condenados por associação criminosa, mas o crime foi considerado prescrito.
O condenado
Conforme as investigações, Francisco Talvane Teixeira integra facção criminosa e chefiava o tráfico de drogas vindas de São Paulo. Ele recebia os produtos de Francisco Martins Soares. Quando Soares deixou de ser subordinado a Teixeira e se tornou concorrente, a disputa levou ao crime.
Teixeira é apontado ainda como respósável por comandar o sequestro do empresário Ricardo Rolim, dono da revenda de veículos Crasa, em 2006. O réu teria comandado o crime de dentro do presídio Instituto Professor Olavo Oliveira (IPPOO).
O réu também havia sido condenado a nove anos de prisão, por participação em assalto à empresa de segurança Corpvs. Cerca de R$ 6 milhões foram levados. A condenação havia sido resultado da Operação Pedra Lascada, deflagrada em 14 de setembro de 2007, pela Polícia Federal, com o apoio do MPCE e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social. Ele cumpria a pena atualmente em regime semiaberto.
O crime
O assassinato de Francisco Martins Soares ocorreu em 8 de janeiro de 2007, em Itapipoca. O caso foi julgado no foro de Fortaleza em razão da periculosidade do réu.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), representado pelo promotor Marcus Renan Palácio.

O Povo

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