Ontem, a segunda instância da Justiça Federal, no Rio de Janeiro,determinou nova prisão de Temer, que deverá se entregar à Polícia Federal (PF) até as 17h.
Na decisão, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) suspendeu o habeas corpus do ex-presidente e do coronel João Baptista Lima Filho, o que mantinha os dois em liberdade. Lima também voltará ser preso pela mesma decisão.
Depois de terem sido presos na Operação Descontaminação, no dia 21 de março, pela primeira vez, Temer e Lima foram soltos quatro dias depois, dia 25, em uma decisão liminar do desembargador Ivan Athiê, que integra a 1ª Turma do TRF2 com mais dois desembargadores: Abel Gomes e Paulo Espírito Santo.
O ex-presidente foi preso juntamente com outros acusados de integrar uma quadrilha que cometeu crimes de corrupçãorelacionados à construção da Usina Nuclear Angra 3.
As prisões haviam sido determinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que julga os processos relacionados à Lava Jato no Rio de Janeiro.
Defesas
O advogado de Temer, Eduardo Carnelós, informou, após a decisão que determinou a prisão, que não há fundamentos para determinar a nova custódia de Temer. A defesa do coronel Lima não comentou a decisão da Justiça.
Cronologia
21 de março
Temer é preso. Alvo da Lava Jato no Rio, o ex-presidente é o 2º da história detido após investigação por corrupção. Segundo a Justiça, Temer é líder de uma organização criminosa. O ex-ministro Moreira Franco, o coronel Lima e mais seis também foram presos
25 de março
Temer é solto. Ele deixou a prisão, após decisão de desembargador do TRF-2. O desembargador Antonio Ivan Athié afirmou que os indícios que podem incriminar os envolvidos não servem para justificar prisão preventiva
8 de maio
Eduardo Carnelós, advogado de Temer, diz que espera que o cliente se apresente hoje à Justiça, após os desembargadores do TRF-2 aceitarem recurso do Ministério Público Federal.
Com informações da Agência Brasil.