Vinte e duas pessoas morreram diagnosticadas com meningite neste ano no Ceará. A estatística é 83% maior que igual período do ano passado, quando 12 pessoas perderam a vida vítimas desta patologia. Os dados foram evidenciados pelo mais recente balanço de doenças de notificação compulsória da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), atualizado em 29 de junho último.
Os óbitos dizem respeito a duas classificações da enfermidade: Doença Meningocócica (DM), transmitida por bactéria e "outras meningites", que podem acontecer em decorrência de vírus e fungos. Este último tipo foi responsável por 13 das mortes em 2018, mas segundo a supervisora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Sesa, Sarah Queiroz, a forma mais perigosa da meningite é a DM. "É uma doença muito grave, tem 40% de letalidade", constata.
Além de ser a mais letal, os óbitos por DM foram os que tiveram um salto mais expressivo. Até o fim de junho do ano passado, três pessoas haviam morrido pela infecção, enquanto até o mês passado já eram nove mortes. Para Sarah Queiroz, uma das explicações para o aumento dos casos pode ser a quadra chuvosa de 2019, que registrou precipitações mais intensas.
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