A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) confirmou, nesta semana, o primeiro caso de Febre do Nilo Ocidental no Ceará. A zoonose, considerada rara, foi diagnosticada em um equídeo do Município de Boa Viagem, no Sertão Central do Estado. O animal estava em um curral e morreu subitamente em decorrência da infecção viral aguda.
O secretário de Saúde do Município, Wiliams Vaz, destacou que, após a confirmação do caso, deu início a uma série de medidas cautelares. Ele destacou ainda que a zoonose rara pode afetar também humanos, embora seja raro. "De 130 contaminados, 70% não apresentam nenhum sintoma e outros 28% demonstram sinas similares a arboviroses. Somente 2% dos pacientes humanos infectados evoluem para complicações neurológicas, principalmente em crianças e idosos", pontuou.
De acordo com a Adagri, a doença febril aguda é transmitida a partir da picada do mosquito vetor. Em humanos, essa infecção ocorre através de aves silvestres migratórias que também foram picadas pelo mosquito. Apesar de existir essa possibilidade de transmissão, os casos em humanos são ainda mais raros dos verificados em animais.
O primeiro registro da Febre do Nilo em humanos no Brasil foi documentado em 2014, no Piauí, seguido de outros dois naquele mesmo Estado, nos anos de 2017 e 2019. "Este último resultou em óbito", pontuou o médico veterinário e fiscal estadual da Adagri, Jarier de Oliveira Moreno.
O especialista ressaltou, no entanto, que "não há risco de a doença gerar contaminação em massa". Quanto à prevenção e cura, Jarier detalhou que "não há um tratamento específico para a zoonose em equídeos. Nos humanos, como se trata de uma doença rara, exótica, também não é possível prever qual o procedimento específico a ser adotado, uma vez que pode ser considerada uma arbovirose, como dengue ou chikungunya.
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