Segundo polícia, casal namorou pelas redes sociais por 4 meses e morou junto por apenas dez dias, após professora se mudar do Ceará. Já foragido por outro feminicídio, sushiman alega legítima defesa.
Rafael foi detido na quinta-feira (15), em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF, onde estava se escondendo. Ele, que ainda não tem advogado, alegou à polícia que agiu em legítima defesa.
O crime foi cometido no último dia 16 de julho, na quitinete onde o casal estava morando. O delegado Vander Coelho disse que, Aila morava no Ceará, mas se havia se mudando recentemente para viver com o namorado. Apesar do pouco tempo juntos, o relacionamento era conturbado.
"Nesses primeiros dez dias que eles ficaram juntos, o relacionamento já foi permeado por algumas discussões até que nessa última, que foi uma discussão mais ríspida, culminou com o homicídio", explica.
Coelho conta que no dia do crime eles almoçaram na casa do irmão de Rafael. Na volta, houve uma discussão, os dois brigaram e ela foi assassinada. Logo depois, Rafael trancou a casa e fugiu.
Após ser detido, o homem alegou que se defendeu porque seria atacado pela mulher com a faca. Porém, a forma como a vítima foi morta e quantidade de golpes descredenciam a versão perante à polícia.
"Já pela desproporção de força que os dois têm e o fato dele ter pego essa faca, os múltiplos golpes, foram mais de 25 facadas que ele deu na mulher. Isso mostra que não tem o que se dizer de legítima defesa", destaca.
Foragido por outro crime
O delegado explicou que Rafael já era foragido da Justiça por outro feminicídio, cometido em 2011, em Brasília. O delegado disse que estava cumprindo pena.
"Ele respondeu por esse crime e ficou preso por sete anos. No final do ano passado, ele recebeu um indulto de Natal, mas nunca mais voltou para a cadeia", conta.
Por conta disso, conforme o delegado, o homem evitava trabalhos de carteira assinada e optava por empregos informais.
Ele foi autuado por homicídio e pode pegar uma pena de até 30 anos caso seja condenado novamente.
G1