Aspectos como a diminuição da velocidade dos ventos e o aumento da umidade elevam a sensação térmica para além dos valores dos termômetros. Cuidados com hidratação e alimentação são necessários
Apesar de dezembro e janeiro serem os meses mais quentes do ano no Estado, cearenses vêm sofrendo com o calor desde o outubro. Segundo o meteorologista Davi Ferran, da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), este novembro tem registrado temperaturas de dois a três graus Celsius acima do esperado. "Desde maio, as anomalias de temperatura se mostram mais quentes que o normal em pelo menos um grau", destaca.
Ferran explica que embora as máximas registradas apresentem tal aumento, as mínimas permanecem dentro das normais climatológicas. "As causas são difíceis de precisar, alguns atribuiriam ao aquecimento global, mas não é possível definir", afirma. Ele conta ainda que fatores como a diminuição da velocidade dos ventos e o aumento da umidade elevam a sensação térmica para além dos números dos termômetros. "Esses aspectos ainda devem se acentuar nos próximos dois meses", alerta.
Máximas e mínimas
No Estado, de acordo com a Funceme, os municípios com maiores temperaturas nessa segunda-feira, 25, foram: Jaguaribe (38,5°C), Sobral (38° C), Crateús (37,6°C) e Morada Nova (37,4°C). Na Capital, o maior valor registrado foi de 34°C. Já a mínima foi de 26°C nesta terça-feira, 26. "Hoje, foi relativamente alta porque os ventos que prevaleceram foram aqueles vindos do mar em direção ao continente, os quais são mais quentes nesse momento do dia", explica o meteorologista.
Em outubro, Fortaleza registrou temperatura máxima média de 31,9°C, conforme balanço do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O dado representa um desvio de 0,7°C acima da normal climatológica e corresponde a 5ª maior temperatura máxima média registrada em outubro dos últimos 19 anos.
O Povo
Tags:
Ceará