O mês de dezembro marca o início da Pré-Estação no Ceará. O período, que vai até janeiro, tem média pluviométrica de 130,3 milímetros, sendo 31,6 mm no primeiro mês e 98,7 mm no segundo, de acordo com dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Geralmente, as primeiras precipitações da Pré-Estação chegam ao sul do Estado, como na macrorregião do Cariri. Já em janeiro, elas tendem a ser mais generalizadas e significativas, no território como um todo.
“O sul do estado recebe influências, na forma de algumas instabilidades atmosféricas, facilitadas por sistemas meteorológicos – Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCANs) e Cavados de Altos Níveis (CANs) – que costumam chegar no estado da Bahia e deslocam-se para leste”, explica Raul Fritz, meteorologista da Funceme.
Fritz reforça que os vórtices e cavados têm seu ápice de atuação em janeiro, podendo se estender até fevereiro (início da quadra chuvosa), mas escasseando de março em diante. Os sistemas indutores de precipitações nesta época são de baixa previsibilidade e costumam ser identificados com previsões de curto prazo, isto é, até três dias.
Dados
Na última Pré-Estação, a macrorregião que mais recebeu chuva foi o Cariri, com 254 mm, o que representa um desvio positivo de 17,5%. Ela é área do Ceará com maior média nos dois meses que antecedem a quadra chuvosa.
Considerando o Estado como um todo – que teve acumulado de 197,8 mm – a última Pré-Estação foi a melhor desde o ano de 2015, quando a Funceme registrou média de 201,7 milímetros.
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