“Advogada do Crime” tem quatro mandados de prisão em aberto

Elisângela Mororó é investigada por relação com facção, posse de arma, assalto e até ataque a Fórum


Espancada por uma interna no Instituto Penal Feminino Auri Moura Costa, em Aquiraz, a advogada Elisângela Maria Mororó deve ficar presa por um bom tempo. Investigada por forjar uma gravidez e pagar para ser agredida, ela possui diversos mandados de prisão em aberto. O primeiro é o flagrante, convertido em prisão preventiva por posse ilegal de arma de fogo. Depois, dois mandados de prisão preventiva que foram pedidos pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Polícia Federal por ela fazer parte de uma organização criminosa, e, por fim, um outro mandado de prisão que foi decretado pela Justiça por suspeita de participação da advogada no assalto a um fórum no interior do Ceará. Uma ação cinematográfica, que visava beneficiar outro criminoso, cliente dela.
O plano foi executado no dia 8 de setembro do ano passado. E foi realizado em dois pontos distintos da cidade de Lavras da Mangabeira, na Região Centro Sul. Às cinco e meia da tarde, a composição da Polícia Militar, via 190, que teria acontecido um assalto no distrito de Amaniutuba. Enquanto o efetivo se deslocava, dois homens invadiam o fórum da cidade. Além de roubar armas, o objetivo dos bandidos era também destruir três processos judiciais.
E foi justamente neste ponto que a Polícia encontrou a conexão entra a advogada Elisângela Mororó e a quadrilha que invadiu o fórum. Os processos que foram extraviados eram de um mesmo réu: Vicente Leite Sobreira, conhecido como "Manim", que respondia por porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e quatro homicídios. Os documentos, segundo depoimento de funcionários do fórum, tinham sido entregues momentos antes por Elisângela. Um dos homens contratados pela advogada para roubar os processos era Emerson Rodrigues da Silva, o Gordo. Ele foi morto em um confronto com policiais militares dias após a invasão ao fórum. Já Vicente foi preso em um sítio no município de Catarina, acompanhado de Elisângela e de Antônio Gonçalves, que seria um líder de uma facção criminosa de São Paulo. 
Depois de ser presa, o nome da advogada passou a figurar em diversas investigações. Em uma delas, Elisângela é acusada de negociar cocaína por meio de um aplicativo de mensagens. Para a Polícia, cada blusa na conversa representa um quilo da droga. 
Elisângela também é suspeita de participar da elaboração de um plano em que homens disfarçados como agentes e utilizando carros com adesivos falsos da Polícia Federal iriam resgatar integrantes de uma quadrilha de traficantes em um presídio cearense. A comunicação entre os criminosos era feita por bilhetes, levados por advogados do escritório da advogada. A descoberta do plano desencadeou a última onda de ataques a ônibus e a prédios públicos no Ceará. 
Com informações de Eumar de Lima, da TV Cidade


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