O app foi desenvolvido pelo Projeto Interpesca, da Universidade Federal do Ceará, e já está disponível para qualquer dispositivo Android
Diversos animais já foram encontrados mortos nos locais atingidos pela mancha de óleo cru nas praias do Nordeste. Neste cenário, estão pelo menos 44 tartarugas, conforme o Instituto Verdeluz, que monitora os animais no Estado. Para auxiliar à população na identificação, foi criado o “Tartarugando”, um aplicativo desenvolvido na Universidade Federal do Ceará (UFC) que fornece informações mais detalhadas das cinco espécies de tartarugas marinhas no Estado.
A iniciativa é do Projeto Interpesca, do curso de Engenharia de Pesca da UFC. O aplicativo busca auxiliar pescadores, ambientalistas e voluntários nos registros. Nele, os usuários podem enviar fotos e características dos animais encontrados, além de terem a opção de delimitar o ponto do encalhe. As informações coletadas contribuem para o monitoramento da espécie e geram dados para a formulação de políticas públicas de preservação.
Além disso, o aplicativo indica a tábua de marés para que o usuário saiba em qual horário ir à praia, o calendário solar e lunar e as cinco espécies de tartarugas marinhas no Ceará.
Recepção
O aplicativo “Tartarugando” foi publicado neste sábado (9) para dispositivos Android de forma totalmente gratuita. Mesmo com pouco tempo, os usuários já aprovam a iniciativa: “Parabéns aos desenvolvedores. Um excelente projeto que conta com estudantes engajados e que buscam uma melhora na fauna marinha”, pontua Rodrigo Alexandre nos comentários. “Fácil de mexer, bastante interessante. Parabéns!”, destaca Iara Fontenele.
Nascimento Ameaçado
O Ceará conta com cinco espécies de tartarugas marinhas que estão sendo afetadas pelo petróleo cru. Elas são conhecidas como tartaruga verde, tartaruga de pente, tartaruga oliva, tartaruga cabeçuda e tartaruga de couro. Uma preocupação para ambientalistas está no processo de nascimento das tartarugas, o que ocorre em meados de outubro. Com as faixas de areias cobertas por óleo, a chegada dos filhotes ao mar pode ser ameaçada.
Diario do Nordeste