Os resíduos de petróleo cru voltaram a atingir a região na última segunda-feira (30)
Cerca de uma semana após o reaparecimento das manchas de óleo nas praias de Caetano de Cima, no município de Amontada, no Ceará, resquícios do petróleo cru ainda são vistos na orla local. A comunidade pede mais empenho da Marinha nas ações de limpeza.
Em vídeo registrado neste domingo (5), uma moradora mostra partículas espalhadas por uma grande área na faixa de areia. Segundo a voluntária Helena Soares, as manchas surgem com o movimento das marés.
"Existe ainda em pequena quantidade, mas existe. E o fato de ser pequeno é preocupante porque vez ou outra alguém está pisando sem ver, é realmente difícil a visibilidade”, comenta.
Ela ressalta que no 1º dia em que as manchas foram vistas, na última segunda-feira (30), cerca de 300 quilos de óleo foram retirados, em um trabalho conjunto entre a Marinha e uma equipe de voluntários. No cenário atual, no entanto, afirma que o órgão apenas fornece o material necessário para que a própria comunidade faça a limpeza.
“Depois do 1º dia vieram alguns agentes, ontem e hoje, inclusive, só que a conversa é a de que eles só estão coordenando o processo. Querem que a gente articule uma equipe de voluntários para a semana que vem. Me parece que estão querendo transferir a responsabilidade pra gente e que não irão fazer a retirada. Querem dar os equipamentos pra gente fazer o trabalho que entendemos ser deles enquanto órgão competente. A comunidade pode ajudar, se voluntariando, mas essa função é deles”, afirma.
Em nota, a Marinha do Brasil - por intermédio da Capitania dos Portos - disse que envia, diariamente, equipes para realizar monitoramento e limpeza das praias atingidas por resíduos de óleo nos municípios de Amontada, Itapipoca e Itarema, no Estado. Segundo o órgão, as atividades serão realizadas até que as localidades estejam livres dessa poluição.
“Adicionalmente, as equipes da CPCE realizam a distribuição de Equipamentos de Proteção Individual aos membros da Defesa Civil, de órgãos ambientais municipais e voluntários, que estão atuando de maneira determinante no apoio à limpeza das praias”, disse a Marinha. As amostras do material recolhido continuam sendo enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM).
Diario do Nordeste