Imagem meramente ilustrativa / bloqueio Barrinha |
Jovens do Grupo "Os Parças" de Castelhano,
informaram que serão tomadas medidas pela comunidade para evitar que moradores
sejam infectados com o Covid-19, o Coronavirus. "É de total conhecimento o
quanto o vírus Covid-19 está se alastrando de forma desgovernada e absurda.
Tendo em vista alguns fatores como a falta de conscientização da população
juntamente com a falta de responsabilidade.", informa uma nota publicada
pelo grupo.
O pequeno grupo de jovens está tentando fazer com que a
comunidade tenha o mínimo possível de contato com possíveis transmissores da
doença. Serão realizadas medidas como o bloqueio parcial das entradas da
comunidade, e algumas instruções básicas foram determinadas como importantes
nessa empreitada.
Segundo a nota, o bloqueio parcial, contará com apoio da
prefeitura, tendo em vista a entrada de pessoas sem necessidade. O grupo
ressalta que a entrada de caminhões, e outros considerados indispensáveis para
a nossa comunidade, e comunidades vizinhas não serão impedidos. "É necessário
que a comunidade fique unida nesse momento difícil, sendo assim pedimos que não
tragam parentes ou amigos.", diz ainda a nota.
"Pedimos encarecidamente que entendam que isso é
necessário para o bem de todos. Juntos somos mais fortes.", pontua a nota.
via blog O Acarau
Além de ingênua esta atitude pode se transformar num tiro no pé de uma comunidade que depende quase que exclusivamente do fluxo de turistas em sua fraca cadeia produtiva, se é que ainda lhes restará algo do tipo.
ResponderExcluirBloquear o acesso nada mais fará do que piorar a situação e desviar o foco do que é essencial, o abandono completo do poder público àquela região.
Penso que a ideia central é eliminar a miopia do governo local e dos atuais formadores de opinião. Acho que devemos chamar a atenção para o aspecto social e focar na sustentabilidade econômica das pessoas, reunindo esforços no sentido de trazer soluções de empregabilidade e de cidadania para os moradores e famílias.
Este é o momento de conscientizar a todos de que agora, mais do que nunca, a gestão municipal tem o dever moral de enfrentar o problema, e estender a mão aos mais vulneráveis.
Fazer isso pressupõe discutir alternativas criativas e de empregabilidade para o povo, sem esquecer do caráter preocupante da atual crise de saúde pública que ora atravessamos.
Fechar as fronteiras me parece infantil, quando o que realmente precisamos são de estratégias econômicas capazes de gerar renda, liberdade financeira e, além é claro, de maior controle da epidemia nos próprios acessos, melhorando a estrutura de saúde, com equipes especializadas e pessoal qualificado para conter a proliferação do vírus, com agilidade.
É de bom-tom observar, neste contexto, que nossa comunidade deve voltar a atenção a questões estruturais e olhar para o futuro, sem jamais dar as costas ao que realmente revolucionará o município, a capacidade de criar oportunidades aos jovens oferecendo-lhes acesso à informação e a novos mercados, promovendo sempre fortes investimentos em educação e tecnologia, na base.
Precisamos agir com inteligência estratégica focada numa administração empreendedora, capaz de gerar mudança de mentalidade na cabeça da comunidade e promover o desenvolvimento de visão 360.
Repito, a atitude pode ser meritória, mas não resolve. Se mostrará inepta na medida em que sugere solução paliativa, sem atacar o principal.
Propor isto isoladamente é tapar o sol com a peneira, vez que na verdade, fechar a cidade na intenção de se isolar do mundo e fugir do vírus, não me parece a decisão mais eficaz