O estudante de Filosofia da
Universidade Federal do Ceará Pedro Ícaro Medeiros, conhecido como Ikky, é
apontado por ex-colegas de faculdade como guru de uma seita espiritual
denominada Afago, com supostos casos de estelionato, agressões e estupro. A
denúncia foi apresentada na edição deste domingo do “Fantástico”, e o caso será
investigado pela Polícia Civil a pedido do Ministério Público.
Segundo a reportagem, Pedro
se apresentava como mestre de uma turma formada por pessoas na faixa dos 20
anos, a maioria universitária. Mas, no início deste ano, seguidores começaram a
sair da seita e revelar seus segredos. A responsável por levar o caso à Justiça
é a jurista Thayná Silveira. Em entrevista ao “Fantástico”, ela afirmou que
reuniu relatos de 40 pessoas:
“Ele pegou esses jovens que
estavam em busca de curas de traumas sexuais, problemas familiares... E
manipulou".
Uma das vítimas contou à
reportagem que Pedro exigia fazer sexo com rapazes para que eles participassem
de seu círculo mais restrito:
“O sêmen dele continha o seu
caráter. E, se a gente era discípulo dele, a gente tinha que se parecer com
ele”.
Ao site G1, Pedro Ícaro
negou as acusações de estupro: "Muitas das acusações foram racistas, para
ser honesto. Não me chamavam só de mago negro, de magia negra. Eles falavam
realmente que eu era um fascista. Houve crimes com relação a isso: a eu ser
homem, ser negro e ser gay", contou Ícaro ao telefone acrescentando que só
participavam dos rituais pessoas que se apresentavam espontaneamente, abordou
Ícaro.
O advogado de defesa, Klaus
Borges, afirmou que se preparam para protocolar ação em breve contra as pessoas
que supostamente estariam caluniando Pedro. Ele também afirmou que seu cliente
nega ter cometido qualquer crime.
Os gestores da Comunidade
Afago divulgaram nas redes sociais nota oficial afirmando estarem “chocados e
abalados com toda a situação”
Extra