Avanço nas cotações nos EUA, influenciadas pelos furacões que atingem o país, estaria elevando os preços no Brasil
A partir desta sexta-feira, os preços do gás do tipo GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), mais vendido em botijões de 13 quilos para consumo residencial, estarão 5% em média mais caros nas refinarias da Petrobras. Este é o sexto aumento consecutivo de preços do produto desde maio.
No último dia 13, o combustível teve um reajuste médio também de 5%. No início do ano, em função da forte queda dos preços do petróleo no período, a Petrobras realizou cinco reduções no GLP.
Com o reajuste anunciado hoje o GLP acumula uma alta de 5,3% no ano.
Segundo a Petrobras, com o novo reajuste, o preço médio nas refinarias será equivalente a R$ 29,27 por botijão de 13 quilos.
A estatal explicou que os preços do produto praticados pela companhia têm como referência o preço de paridade de importação (PPI), que é formado pelas cotações internacionais do produto além dos custos de importadores, como frete de navios, taxas portuárias e demais custos de transporte.
"Esta metodologia de precificação acompanha os movimentos do mercado internacional (para cima ou para baixo)", informou a Petrobras em nota.
Desde novembro do ano passado a estatal tem os mesmos preços para GLP nos segmentos residencial e industrial/comercial. A Petrobras destacou ainda que o GLP é vendido pela companhia a granel, sendo o preço final ao consumidor definido por distribuidores.
Além da disparada na cotação do dólar, que impacta nos preços da Petrobras no mercado internacional, os valores do GLP estão em alta, de acordo com executivos do setor, especialmente nos Estados Unidos.
De acordo com essas fontes, a tendência de alta nos preços do GLP no mercado internacional vai continuar em setembro. A temporada de furacões nos Estados Unidos também estaria refletindo nos preços dos combustíveis. É bom lembrar que esse reajuste é válido também para o GLP consumido pelo comércio e indústria.
O Globo