Em 2002, o PIB de Fortaleza somava R$ 13,4 bilhões, 46,7% do total produzido pelo Ceará. Os números mostram uma descentralização das riquezas de Fortaleza para o restante do Estado, mas as cidades mais ricas ainda estão, sobretudo, na Região Metropolitana.
O levantamento, que considera a atividade nos 184 municípios cearenses, mostra que o segundo maior PIB em 2018 foi observado em Maracanaú (R$ 10,4 bilhões), seguido por Caucaia (R$ 5,07 bilhões).
Top 10: as maiores economias do Estado
- Fortaleza (R$ 67 bilhões)
- Maracanaú (R$ 10,4 bilhões)
- Caucaia (R$ 5,07 bilhões)
- Juazeiro do Norte (R$ 4,8 bilhões)
- Sobral (R$ 4,7 bilhões)
- São Gonçalo do Amarante (R$ 4,22 bilhões)
- Eusébio (R$ 2,47 bilhões)
- Aquiraz (R$ 1,9 bilhão)
- Horizonte (R$ 1,7 bilhão)
- Itapipoca (R$ 1,6 bilhão)
Enquanto Fortaleza perdeu participação, os municípios de São Gonçalo do Amarante e Caucaia ampliaram sua presença na atividade econômica cearense, chegando a 2,71% e 3,26% em 2018, respectivamente.
O analista de políticas públicas do Ipece, Daniel Suliano, destaca que os ganhos são explicados, em grande parte, pela instalação e desenvolvimento da atividade industrial na região.
“Os ganhos devem-se, em grande parte, ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém, situado entre esses dois municípios e que vem atraindo novas indústrias para aquela região”, detalha.
PIB per capita
O estudo divulgou ainda as cidades com o maior PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes) do Ceará. O principal destaque é São Gonçalo do Amarante, com R$ 87,08 mil. O município cearense ficou entre os 100 maiores PIBs per capita do País (95ª colocação).
Veja o ranking:
- São Gonçalo do Amarante (R$ 87,08 mil)
- Eusébio (R$ 46,8 mil)
- Maracanaú (R$ 46,2 mil)
- Horizonte (R$ 25,7 mil)
- Fortaleza (R$ 25,3 mil)
- Aquiraz (R$ 24,6 mil)
- Penaforte (R$ 23,5 mil)
- Sobral (R$ 23,1 mil)
- Quixeré (R$ 19,1 mil)
- Pereiro (R$ 18,9 mil)
Em contrapartida, cidades como Pires Ferreira, Tejuçuoca, Caridade, Catarina e Itatira, conforme destaca Suliano, apresentam os menores níveis de atividade econômica per capita do Estado. “Em 2020, pode ser que a gente dobre o PIB per capita de Pires Ferreira só com o auxílio emergencial”, detalha ele. O PIB per capita de Pires Ferreira em 2018 foi de R$ 5,3 mil.
Para o supervisor de Disseminação de Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Helder Rocha, o levantamento serve de base para o direcionamento de investimento público para promoção de regiões mais carentes.
“Nós observamos que São Gonçalo disparou ao longo dos últimos anos e hoje possui o 95º maior PIB per capita entre os municípios brasileiros”, pontua Helder Rocha.
Agropecuária, indústria e serviços
O estudo também mostra os municípios que se destacam considerando os setores que compõem o PIB. Na Agropecuária, se sobressaíram as cidades de Beberibe, com produção de castanha, ovos e camarão; e Limoeiro do Norte, com produção de frutas como melão, melancia e pecuária irrigada.
Em relação à indústria, o destaque fica com Fortaleza, Maracanaú e São Gonçalo. Suliano pontua, porém, o crescimento da participação de Trairí, que recebeu nos últimos anos investimento para a instalação de parques eólicos.
No setor de serviços – excluindo a adminsitração pública -, Fortaleza, Maracanaú, Sobral e Juzeiro do Norte continuam mantendo posição de destaque, de acordo com o estudo.
Fonte: Diário do Nordeste via Portal Itapipoca