Estudo do projeto MapBiomas identificou que, nos últimos 35 anos, o Ceará foi o estado nordestino com maior subtração de formações florestais, uma subdivisão do bioma caatinga. Entre 1985 e 2020, o Estado perdeu 0,34 milhões de hectares deste tipo de cobertura vegetal. Para especialistas, este retrato de degradação ameaça fauna e flora, além de gerar impacto direto ao ser humano.
É o Ceará também o estado com maior área desta cobertura. 37,34% dos 5,7 milhões de hectares de formações florestais mapeadas na Caatinga, em 2020, estão em território cearense. Estados da Bahia e Piauí completam a lista dos que possuem maior território dessa vegetação. Juntos, os três somam quase a totalidade dessa área (90,1%).Dos 10 municípios que mais perderam Formações Florestais na Caatinga nesses 35 anos, oito pertencem ao Ceará: Bela Cruz, Itapipoca, Beberibe, Acaraú, Camocim, Trairi, Cruz e Amontada. O município de Bela Cruz aparece com destaque negativo por ter tido a maior área de subtração neste período: 30 mil hectares. Completam a lista as cidades de Canto do Buriti (PI) e Ipirá (BA).
Entre os fatores que provocam a perda de vegetação nativa destaca-se o avanço da atividade agropecuária. Entre 1985 e 2020 mais de 10 milhões de hectares de savana e formações florestais foram convertidos em atividades associadas à agropecuária.
com informações Blog O Acarau