Animais são sacrificados por terem sido atestados com doença infecciosa, em Jericoacoara.
Tutores de cavalos usados em passeios turísticos na Vila de Jericoacoara, no Ceará, publicaram vídeos nas redes sociais protestando contra o recolhimento dos animais por fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) para serem sacrificados. Segundo a agência, a medida foi tomada após os cavalos terem sido identificados como doentes, necessitando o sacrifício.
"Olhem aí a nossa triste realidade aqui na Vila de Jericoacoara, onde um pai de família não pode trabalhar. Os nossos animais aí sendo entregues para o sacrifício sem ter direito nem a um reteste. Vão ser abatidos, mortos de forma cruel, sem a gente poder fazer nada, e os pais de família ficando sem seu ganha-pão", protestou um dos tutores dos equinos durante a gravação do vídeo.
A prefeitura de Jijoca de Jericoacoara, por meio do Secretário de Agricultura e Abastecimento do município, José Calixto de Brito Neto, esclareceu que entrou em contato com Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), para entender os motivos que levaram a uma ação do governo para a retirada de alguns animais da Vila de Jericoacoara. A Adagri informou a prefeitura que os animais foram atestados com Anemia Infecciosa Equina (AIE) e o mormo, doença que pode ser transmitida ao ser humano.
A Agência informou que deve prestar mais esclarecimentos sobre a situação nesta quarta-feira (22).
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença viral crônica causada por um vírus, limitada a equinos, asininos e muares. A principal característica são episódios periódicos de febre, anemia, depressão, edema e perda de peso. A doença já é encontrada em todo o território nacional, não tem tratamento nem vacina, portanto o controle dos animais positivos é feito pelo sacrifício.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) preconiza o sacrifício e interdição da propriedade, quando for detectado foco positivo de AIE.
G1