Os professores das redes púbicas estaduais e municipais esperam, ao longo desta quinta-feira, um pronunciamento oficial do Ministério da Educação sobre o reajuste salarial de 33% do piso do magistério. A expectativa surgiu após o presidente Jair Bolsonaro sinalizar, nessa quarta-feira, que autorizou o maior índice possível de aumento salarial para os profissionais da sala de aula.
Se confirmado esse índice, o piso salarial dos professores sai R$ 2.886 para cerca de R$ 3.800.
Uma reportagem do Jornal O Globo relata ter apurado que Bolsonaro autorizou, sim, o Ministério da Educação a emitir nota com o percentual de reajuste nesse patamar de 33%, que é o esperado pelos professores tendo por base a elevação do valor repassado por aluno através do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e, também, do aumento do ICMS.
As declarações do presidente Bolsonaro agradam os professores, mas contrariam prefeitos e governadores, assim como os técnicos do Ministério da Economia que trabalhavam com o índice de reajuste do salário com base na inflação de 2022, que ficou um pouco acima de 10%. O Ministério da Economia tinha sugerido uma correção salarial com índice bem menor – de 7,5%.
Na conversa com os apoiadores, Bolsonaro deixou o recado: ‘’Eu vou seguir a lei. Governadores não querem os 33%, tá? Eu vou dar o máximo que a lei permite, que é próximo disso, ok?’’, expôs Bolsonaro, ao surpreender os professores em todo o Brasil. O argumento dos Chefes de Executivos Estaduais e Municipais é que o alto percentual – 33,33%, pode pressionar os cofres dos Estados e Prefeituras, gerando, ainda, demanda de outras categorias do funcionalismo público a intensificarem a mobilização por aumento salarial.
Ceará Agora