Família de Cruz é resgatada de cárcere privado na Bahia

 Mulher e filho, que se declaravam pastores de igreja evangélica, induziram a família a viajar para a Bahia. As vítimas foram mantidas em cárcere, e uma criança de 12 anos foi estuprada, conforme a investigação



Com a promessa de uma "vida melhor", mãe e filho que se diziam pastores de uma igreja evangélica teriam induzido uma mãe e seus cinco filhos, de idades entre 8 e 14 anos, a viajarem para a Bahia. No entanto, a família foi mantida em cárcere privado, e uma das crianças foi vítima de estupro. As Polícias Civil do Ceará e da Bahia atuaram em ação conjunta e resgataram a família.

O Conselho Tutelar de Cruz, no Ceará, relatou que uma família acompanhada pelo Centro de Referência e Assistência Social (Cras) havia entrado em contato com os agentes por mensagens de aplicativo relatando que estavam em situação de maus-tratos, na Bahia.

Os investigadores iniciaram as buscas. A vítima não conseguia passar informações sobre a localização, e os policiais conseguiram que eles enviassem a placa de um veículo, o que fez com que os policiais civis da Delegacia Municipal de Cruz chegassem ao paradeiro da família.

Com a localização, a Polícia do Ceará entrou em contato com a Polícia Civil da Bahia e compartilhou os levantamentos policiais, que resultaram no resgate da mãe e dos filhos e prisão em flagrante dos suspeitos.

De acordo com a investigação, uma mulher de 58 anos e o filho de 23 anos ofereceram a promessa de uma "vida melhor" às vítimas, no entanto, mantiveram a família em cárcere e proibiram todos de ter contato com outras pessoas.

A filha mais velha, de 12 anos, era induzida a casar com o suspeito de 23 anos, mas a mãe dela não assinou os documentos para o casamento. A menina ainda teria sido trancada em um quarto com o homem, onde foi estuprada, conforme a denúncia.

As outras crianças eram forçadas a trabalhar e eram agredidas pelos suspeitos, informou a Polícia.

Os dois suspeitos foram autuados em flagrante por cárcere privado, e o homem também responderá por estupro de vulnerável. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

As vítimas foram acolhidas pelo Estado da Bahia e devem ser encaminhadas ao Ceará.


O Povo

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