É padre ou não? Entenda a situação de Padre Kelmon




Natural de Acajutiba, Bahia, Kelmon Luis da Silva Souza, de 45 anos, conhecido apenas como Padre Kelmon, do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), tem recebido a atenção dos eleitores desde a última semana e, principalmente após o debate exibido pelo SBT no sábado (24).

No PTB desde dezembro de 2020, Kelmon já foi filiado ao PT e, hoje, se diz arrependido por este ato praticado em sua juventude.

O candidato, que também esteve no debate desta noite, da Globo, tem seu título de padre contestado pela Igreja Católica

Kelmon chegou a ser interpelado por Lula durante o debate na Globo, se realmente seria Padre, segundo o petista, Kelmon estava "fantasiado".

Padre Kelmon pertence à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, sem nenhuma ligação com qualquer outra denominação Ortodoxa, o que gerou, inclusive, manifestação da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil ressaltando este ponto

Em suas redes sociais, a Igreja Católica negou que Kelmon seja sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil e nunca foi seminarista ou membro do clero em nenhum dos três graus da ordem —bispo, presbítero e diácono.

"Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Ortodoxa no Brasil, aparecendo em peças de campanha com vestimentas tradicionais da Igreja. Ainda segundo o documento, o "padre" nunca foi seminarista ou membro do clero da Igreja em nenhum dos três graus da ordem, quer no Brasil ou em outro país.", diz a postagem da Igreja Católica.

Em resposta, Kelmon divulgou uma carta da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru.

Em nota divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, a congregação peruana, informou que os padres dela não recebem salário e vivem de doações. E prossegue: "Durante a pandemia, as igrejas foram fechadas no Brasil, e o padre Kelmon precisou do auxílio para sobreviver".

A entidade diz ser reconhecida pelo governo peruano e chama o candidato de "um dos membros mais ilustres" das missões.

A Igreja ainda informa que Kelmon é reconhecido pela Santa Igreja Ortodoxa como "pároco interino sediado no Vicariato Episcopal do Brasil".

O presidenciável é responsável pela Missão Paroquial Ortodoxa Malankar de São Lázaro na Ilha da Maré, na Bahia.

A nota ainda informa que Kelmon se afastou da Igreja no dia 2 de agosto, devido ao conflito de interesses, com uma licença eclesiástica.

Antes disso, segundo sua assessoria, ele celebrava os sete sacramentos --batismo, crisma, eucaristia, confissão, ordens, matrimônio e unção de enfermos.


Com informações UOL

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