O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu abrir uma investigação para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do general da reserva Braga Netto, candidato a vice na chapa de Bolsonaro neste ano, durante os atos do 7 de Setembro.
O ministro, que é o corregedor-geral eleitoral, deu o despacho em uma ação apresentada pelo PDT ao TSE.
“Em primeira análise, a petição inicial preenche os requisitos de admissibilidade”, disse Gonçalves. O ministro deu cinco dias para que Bolsonaro e Braga Netto apresentem suas defesas no processo.
O PDT pediu ao TSE que o presidente e seu candidato a vice sejam declarados inelegíveis por oito anos e também nas eleições deste ano.
Segundo o partido, após participar da cerimônia oficial do desfile cívico-militar do 7 de Setembro, Bolsonaro subiu em um trio elétrico para fazer um discurso em tom eleitoreiro.
Reunião com embaixadores
O ministro Benedito Gonçalves também deu um despacho em outra ação apresentada pelo PDT contra Bolsonaro.
No processo que o partido acusa o presidente de ter cometido crime ao realizar uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada e ter feito ataques ao sistema eleitoral brasileiro, Gonçalves mandou o PDT se manifestar sobre as alegações feitas pelo presidente nos autos.
A defesa do presidente refutou que “um ato de governo possa ser enquadrado como abuso de poder político ou uso indevido dos meios de comunicação”, segundo relatório feito pelo ministro.
Gonçalves determinou que o PDT apresente, em até três dias, sobre as contestações feitas por Bolsonaro. O presidente terá o mesmo prazo para justificar o pedido feito para o requerimento de testemunhas para se defender no processo.
CNN