Em nota oficial, o TSE comunicou que a exoneração de Alexandre Gomes Machado foi “motivada por indicações de reiteradas práticas de assédio moral, inclusive por motivação política, que serão devidamente apuradas”. Além disso, a nota apontou que a reação do referido servidor de ir até a PF “foi, claramente, uma tentativa de evitar sua possível e futura responsabilização em processo administrativo que será imediatamente instaurado”.
O servidor procurou a PF para expor que foi demitido após levar a conhecimento dos superiores uma mensagem recebida de uma emissora de rádio apontando que entre os dias 7 e 10 de outubro deixou de exibir 100 inserções de propaganda de Bolsonaro (PL), caso que, inclusive, reforça a denúncia da campanha do presidente de que o espaço de mais de 154 mil inserções foram ocupadas por propagandas do adversário, o ex-presidente Lula (PT).
Alexandre informou que foi exonerado trinta minutos depois de fazer essa comunicação à chefe de gabinete do secretário-geral da corte, Ludmila Boldo Maluf. Ele destacou que decidiu procurar a polícia por temer ter sido vítima de abuso de autoridade e pelo fato de temer por sua integridade física.
“As alegações feitas pelo servidor em depoimento perante a Polícia Federal são falsas e criminosas e, igualmente, serão responsabilizadas”, destacou em nota o TSE. “Ao contrário do informado em depoimento, a chefia imediata do servidor esclarece que nunca houve nenhuma informação por parte do servidor de que desde o ano 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existam falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita”.
“Se o servidor, no exercício de suas funções, identificou alguma falha nos procedimentos, deveria, segundo a lei, ter comunicado imediata e formalmente ao superior hierárquico, sob pena de responsabilização”, finaliza.
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