Se a seleção brasileira tivesse conquistado o hexa na Copa do Mundo do Qatar, Bolsonaro usaria o título para motivar o golpe, declarou o comentarista e colunista da Folha de S. Paulo, Walter Casagrande Júnior.
Segundo Casagrande, uso político da glória máxima do futebol internacional repetiria estratégia empregada pela ditadura militar em 1970. Na época, com o presidente-general Emílio Garrastazu Médici, o Brasil conquistava a terceira Copa do Mundo, com um time estelar formado por Pelé, Tostão, Rivellino e Jairzinho.
O comentarista afirmou que o bolsonarismo está presente no time, sobretudo na figura de Neymar, que cria uma antipatia com o torcedor.
“Neymar apoia um presidente que quer dar golpe, diz que está triste pela eliminação, mas faz festa quando chega ao Brasil”, disse. “Então, não seriam alguns jogos que fariam a camisa amarela voltar a ser respeitada, até porque o time não jogou bem em nenhum jogo, a camisa amarela está num limbo, foi muito forte a onda bolsonarista.”
Segundo ex-jogador, Neymar é uma influência negativa para as novas gerações, exercendo seu poder também sob uma perspectiva estética —descolorir o cabelo, usar brincos e fazer dancinhas.
Embora jogadores de outros times adotem estilo similar, Casagrande vê o caso do Brasil como um modismo, ditado pelo número dez da equipe.
Com informações de Folha de S. Paulo