A Polícia Federal (PF) encontrou nesta quinta-feira, 2, mais de R$ 270 mil em espécie na residência do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Após Daniel descumprir medidas cautelares, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão do ex-mandatário. Silveira já havia sido condenado por atos antidemocráticos, no entanto, a pena foi perdoada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Moraes determinou que a PF suspenda qualquer documento de porte de arma de fogo que esteja no nome de Daniel e cancele os passaportes do ex-mandatário. Além disso, o ministro ordenou que o Exército cancele qualquer Certificado de Registro que autorize o ex-deputado bolsonarista a colecionar armas de fogo.
Antes, Alexandre de Moraes já havia proibido Silveira de conceder entrevistas, manter contato com outros investigados em dois inquéritos, e também suspendeu o uso das redes sociais. No entanto, o ex-deputado descumpriu as ordens, e Moraes determinou então que Silveira fosse monitorado por meio de tornozeleira eletrônica. O então deputado, por sua vez, se negou a cumprir a medida e chegou a ficar no Congresso para evitar o cumprimento de mandado ordenado por Moraes.
O ex-deputado tentou se eleger ao Senado na última eleição. Entretanto, a candidatura foi proibida com base na Lei da Ficha Limpa. Em abril de 2022, Moraes condenou Silveira que, em suas redes sociais, fez ameaças às instituições, ao Estado Democrático de Direito e aos ministros do STF. A denúncia foi feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) e aceita pela Corte em abril de 2021. A condenação previa pena de 8 a 9 meses em regime fechado e perda do mandato, bem como a suspensão dos direitos políticos. Entretanto, Bolsonaro, ex-presidente da República, modificou o decreto e concedeu a Silveira um benefício intitulado como ”graça constitucional”, perdoando a pena.
O Povo