Adolescente que matou colega cadeirante durante ataque em escola na Bahia está tetraplégico

 

Caso completou seis meses no domingo (26) e autor dos disparos cumpre medida socioeducativa.



O adolescente que matou uma colega cadeirante com tiros e facadas, durante um ataque no Colégio Municipal Eurides Sant'Anna, em Barreiras, oeste da Bahia, está tetraplégico. O caso completou seis meses no domingo (26) e ele cumpre medida socioeducativa em casa.

O inquérito da Polícia Civil foi concluído e remetido à Justiça. O atirador ficou tetraplégico no ataque, após ser baleado por uma pessoa não identificada. Em 26 de setembro de 2022, ele invadiu a escola – onde também estudava, por volta das 7h e iniciou o ato de violência.

Ele estava com um revólver calibre 38, que pertencia ao pai, além de duas armas brancas e uma bomba caseira. A situação gerou correria e tumulto no colégio, porque os estudantes se preparavam para entrar nas salas.

Por ter dificuldade de locomoção, Geane da Silva Brito, de 19 anos, foi o alvo preferencial do atirador. Ele disparou contra ela até a munição do revólver acabar. Depois disso, o atirador usou um facão para golpear Geane, que era estudante do 9º. A jovem morreu ainda no local.

O porteiro da unidade escolar, que não estava armado, correu com os alunos para tentar se proteger. O atirador foi baleado por uma pessoa que passava pelo local e ouviu os disparos. Ele foi socorrido e levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Geral do Oeste.

Na unidade de saúde, ele tratou ferimentos causados por tiros em um dos ombros, no abdômen e em uma das pernas. A identidade da pessoa que atirou contra o adolescente ainda não foi divulgada.

O pai do atirador, que é policial, foi chamado para prestar depoimento na delegacia da cidade. Ele disse que o revólver dele ficava escondido em casa e que acreditava que o filho não sabia em qual local ficava a arma.

A polícia nunca divulgou o que motivou o crime, mas analisou diversas publicações de discursos de ódio, feitas nas redes sociais pelo atirador. As mensagens de conteúdo racista e xenofóbico, especialmente contra baianos, eram compartilhadas com frequência.


G1

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