Um caça russo colidiu contra a hélice de um drone americano sobre o Mar Negro nesta terça-feira, forçando-o a descer em águas internacionais, informou comando militar dos Estados Unidos na Europa (Useucom, na sigla em inglês), que chamou o ato de "inseguro e pouco profissional".
— Nossa aeronave MQ-9 estava realizando operações de rotina no espaço aéreo internacional quando foi interceptada e atingida por um avião russo, o que resultou em um acidente e a perda total do MQ-9 — informou o general James Hecker, comandante da Força Aérea americana na Europa e na África, acrescentando que a colisão quase causou a queda de ambas as aeronaves.
De acordo com o comunicado da Useucom, a colisão ocorreu por volta das 7h03 (3h03 em Brasília) e envolveu um drone MQ-9 Reaper, a serviço da Inteligência, Vigilância e Reconhecimento da Força Aérea americana, que foi interceptado por dois caças russos Su-27, sendo um desses o que causou o acidente.
“Várias vezes antes da colisão, os Su-27 despejaram combustível e voaram na frente do MQ-9 de maneira imprudente, ambientalmente insalubre e pouco profissional”, acrescentou o comunicado. “Este incidente demonstra falta de competência, além de ser inseguro e pouco profissional.”
Um alto oficial militar dos EUA disse ao New York Times que o drone decolou de sua base na Romênia na manhã desta terça para uma missão de reconhecimento programada regularmente, que normalmente dura cerca de nove a 10 horas. Ainda segundo a mesma fonte, embora os Reapers possam transportar mísseis Hellfire, esta aeronave estava desarmada e realizando vigilância a cerca de 120 km a Sudoeste da Crimeia quando os dois jatos russos a interceptaram. A Crimeia foi anexada unilateralmente pela Rússia em 2014.
Apesar do incidente, o comandante da Força Aérea americana na Europa reforçou que os aviões americanos e de seus aliados "continuarão operando no espaço aéreo internacional e pedimos aos russos que se comportem de forma segura e profissional".
De acordo com John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, o presidente Joe Biden foi informado sobre o episódio. Kirby minimizou o incidente, dizendo que houve "intercepções" semelhantes por aeronaves russas nas últimas semanas. Mesmo assim, comentou que esse episódio foi “notável por ser inseguro e pouco profissional”.
O governo americano "vai convocar o embaixador russo" em Washington para prestar esclarecimentos, informou a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.
— Estamos em contato direto com os russos, novamente em níveis mais altos, para transmitir nossa forte objeção a essa interceptação não profissional e insegura, que levou à derrubada do drone americano — declarou Price, segundo o qual o embaixador dos EUA em Moscou também "transmitiu uma forte mensagem ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia".
Moscou, por sua vez, alega seus caças interceptaram o drone americano porque ele teria violado "os limites da área do regime temporário de espaço aéreo" estabelecidos "durante a operação especial", referindo-se à invasão da Ucrânia. Negou, porém, tê-lo atingido e causado sua queda.
"Após uma manobra abrupta, o drone MQ-9 iniciou um voo não guiado, com perda de altitude e colidiu com a superfície da água", disse o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência de notícias estatal Tass. "A aeronave russa não usou armas a bordo, não entrou em contato com o veículo aéreo não tripulado e retornou com segurança ao seu aeródromo".
“Várias vezes antes da colisão, os Su-27 despejaram combustível e voaram na frente do MQ-9 de maneira imprudente, ambientalmente insalubre e pouco profissional”, acrescentou o comunicado. “Este incidente demonstra falta de competência, além de ser inseguro e pouco profissional.”
Um alto oficial militar dos EUA disse ao New York Times que o drone decolou de sua base na Romênia na manhã desta terça para uma missão de reconhecimento programada regularmente, que normalmente dura cerca de nove a 10 horas. Ainda segundo a mesma fonte, embora os Reapers possam transportar mísseis Hellfire, esta aeronave estava desarmada e realizando vigilância a cerca de 120 km a Sudoeste da Crimeia quando os dois jatos russos a interceptaram. A Crimeia foi anexada unilateralmente pela Rússia em 2014.
Apesar do incidente, o comandante da Força Aérea americana na Europa reforçou que os aviões americanos e de seus aliados "continuarão operando no espaço aéreo internacional e pedimos aos russos que se comportem de forma segura e profissional".
De acordo com John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, o presidente Joe Biden foi informado sobre o episódio. Kirby minimizou o incidente, dizendo que houve "intercepções" semelhantes por aeronaves russas nas últimas semanas. Mesmo assim, comentou que esse episódio foi “notável por ser inseguro e pouco profissional”.
O governo americano "vai convocar o embaixador russo" em Washington para prestar esclarecimentos, informou a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.
— Estamos em contato direto com os russos, novamente em níveis mais altos, para transmitir nossa forte objeção a essa interceptação não profissional e insegura, que levou à derrubada do drone americano — declarou Price, segundo o qual o embaixador dos EUA em Moscou também "transmitiu uma forte mensagem ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia".
Moscou, por sua vez, alega seus caças interceptaram o drone americano porque ele teria violado "os limites da área do regime temporário de espaço aéreo" estabelecidos "durante a operação especial", referindo-se à invasão da Ucrânia. Negou, porém, tê-lo atingido e causado sua queda.
"Após uma manobra abrupta, o drone MQ-9 iniciou um voo não guiado, com perda de altitude e colidiu com a superfície da água", disse o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência de notícias estatal Tass. "A aeronave russa não usou armas a bordo, não entrou em contato com o veículo aéreo não tripulado e retornou com segurança ao seu aeródromo".
O Globo
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