Dos 157 açudes monitorados em território cearense, seis estão em estado de sangria, de acordo com o relatório divulgado nesta sexta-feira, 10, pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
O primeiro a atingir a capacidade máxima em 2023 foi o Germinal, em Palmácia, logo no sexto dia do ano. Tijuquinha, que já apresentava desde fevereiro acúmulo total de água, segue sangrando. Valério, Itapajé, Quandú, e Acarape do Meio, foram as revelações de março.
Rosário (99,87%) e Muquém (99,79%) também sangraram no mês passado. Agora, ambos estão na margem dos 90%, ou mais, de água acumulada, ao lado de São Vicente (90,33%), Caldeirões (98,3%), Gameleira (90,68%), Aracoiaba (99,46%), Pesqueiro (91,89%), Junco (99,21%) e Ubaldinho (93,54%).
Ainda conforme o relatório, 27 dos 68 açudes com menos de 30% da sua capacidade se encontram ou com o volume morto, ou em estado de seca. São eles:
Em estado de seca (10):
- Barra Velha
- Forquilha II
- Jatobá
- Madeiro
- Monsenhor Tabosa
- Pirabibu
- Quixeramobim
- Salão
- Trapiá II
- Várzea do Boi
Volume morto (17):
- Bonito (7,96%)
- Canafístula (6,55%)
- Capitão Mor (12,65%)
- Cipoada (4,8%)
- Cupim (3,7%)
- Facundo (4,56%)
- Farias de Sousa (10,57%)
- Favelas (1,75%)
- Jerimum (0,08%)
- Pompeu Sobrinho (1,95%)
- Potiretama (1,16%)
- Riacho da Serra (2,58%)
- Santa Maria de Aracatiaçu (13,64%)
- Sousa (0%)
- Trici (5,35%)
- Umari (1,48%)
- Vieirão (0,94%)
Situação dos três maiores açudes
Nestes três primeiros meses de 2023, o Orós recebeu cerca de 90 milhões de metros cúbicos (m³) de água. Foram 20 milhões a mais equiparado a fevereiro. O Castanhão recebeu mais de 70 milhões de m³ de janeiro até o mês atual.
Apenas o Orós alcançou um volume superior a 30% entre os três maiores açudes do Estado, com 45,95% da sua capacidade total ocupada. Já o Castanhão, 19,68%, e Banabuiú, 8,93%.
O Ceará ainda tem 12.738 hectômetros cúbicos (hm3) dos reservatórios disponíveis até o fim do ano, o que equivale a 68,63%, respectivamente.
O Povo