Perícia confirma que corpo encontrado há 6 meses é da travesti Babaluket

 

Causa da morte apontada pela Perícia foi afogamento. Mas a Polícia Civil investigará as circunstâncias do fato




A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) confirmou, através de exame de DNA, que o corpo encontrado na faixa de areia da Praia do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no dia 8 de setembro, é da travesti Babaluket.

O resultado do exame foi divulgado, nesta quarta-feira (22), cerca de seis meses após o desaparecimento da vítima.

Conforme o laudo cadavérico da Pefoce, a causa da morte seria afogamento. No entanto, em coletiva de imprensa, o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoas, delegado Ricardo Pinheiro, revelou que a vítima também possuía uma fratura no braço.

"O laudo constata afogamento, mas o corpo apresenta alguns sinais, como uma fratura no braço, algumas situações que merecem esclarecimento", relatou.

O corpo foi encontrado em “estado avançado de putrefação, no entanto, o corpo estava vestido”, esclareceu Augusto Soares Flávio, delegado da Delegacia de Desaparecidos. Foi com essa roupa que a família identificou Babaluket, no entanto, a confirmação se deu a partir de exames de DNA entre a mãe da vítima e ela.

A Delegacia de São Gonçalo do Amarante, da Polícia Civil, seguirá investigando o caso para elucidar os fatos do ocorrido.

DESAPARECIMENTO

Familiares e amigos da vítima perceberam que ela havia sumido pela falta de publicações nas redes sociais. Amigos da artista também contam que, desde que Babaluket começou a namorar um rapaz, ela "dava uns sumiços" de casa. O companheiro da artista foi ouvido, contudo, foi liberado pela polícia.

Fomos atrás dela no Cais do Porto e no Vicente Pizzón. Chegou informação de um antigo namorado dela que residia em Itarema, nós fomos duas vezes. Conseguimos localizar o namorado que foi ouvido formalmente pela Polícia Civil.
AUGUSTO SOARES FLÁVIO
Delegado da Delegacia de Desaparecidos

Conforme a Polícia, a artista tinha histórico com alcoolismo e tinha costume de desaparecer por dias. Contudo, a família só havia registrado o Boletim de Ocorrência no dia 22 de setembro.

Diário do Nordeste

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