O ministro interino do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Ricardo Cappelli, afirmou nesta 3ª feira (25.abr.2023) que as imagens das câmeras de seguranças do Palácio do Planalto durante os atos extremistas do 8 de Janeiro divulgadas pela CNN Brasil foram editadas “para dar a entender” que o general de Gonçalves Dias, ex-chefe da pasta, “estava em um espaço-tempo que ele não estava”.
“As imagens vazaram e houve ali uma edição cronológica para incluir, para dar a entender que o general de Gonçalves Dias estava em um espaço-tempo que ele não estava. Inclusive, é uma opção jornalística que eu tenho dificuldade de compreender, de borrar alguns rostos sem nenhuma necessidade”, declarou em entrevista ao canal GloboNews.
Na 4ª feira (19.abr.), a CNN tornou públicos registros em que Dias e outros integrantes do GSI aparecem no dia da invasão ao Planalto com extremistas que invadiram a sede do governo federal. Na mesma data, o general pediu demissão.
Segundo Cappelli, as imagens não foram publicizadas antes pelo GSI por duas questões: “1º, que essas imagens constituem provas de um inquérito que estava sob sigilo no Supremo Tribunal Federal, então, tinha uma interpretação de que as imagens acompanhavam o sigilo do inquérito. E a 2ª diz respeito à segurança do próprio Palácio do Planalto.”
O ministro interino também afirmou que “com certeza” houve falha por parte das forças de segurança. Entretanto, disse considerar que o general Gonçalves Dias seria uma “vítima” do que se deu na invasão de extremistas no 8 de Janeiro.
“Não é possível que a gente, por uma falha de segurança, por exemplo, uma falha eventual de planejamento, tente transformar o general G. Dias ou o chefe da segurança da Câmara, do Senado e do STF –que são vítimas daquilo que aconteceu– em culpados”, disse.
Poder 360