Cachorro Wilson pode ter sido levado como oferenda espiritual, diz indígena

 

Animal foi visto duas vezes pela equipe, mas está arisco




O membro da Guarda Indígena Cauca, Jesús Dagua, acredita que o cachorro Wilson foi levado pelos espíritos como uma oferenda em troca das quatro crianças que passaram 40 dias perdidas na Amazônia colombiana. O animal foi responsável por ajudar nas buscas, mas ao localizarem os meninos, os guardas perderam o animal. 

Em meio a uma pressão do público para que o cachorro não fosse abandonado, as Forças Armadas da Colômbia realizam uma operação para encontrar o cão. No entanto, em entrevista dada em rádio local nesta sexta-feira (16), Dagua disse que o cão foi deixado como oferenda, segundo O GLOBO.

"Foi trocado. Ficou como oferenda para os espíritos que tinham as crianças. Vamos torcer para que através de uma conversa espiritual ele consiga sair, os povos amazônicos já estão nisso porque é uma vida de qualquer jeito".
JESÚS DAGUA
Membro da Guarda Indígena Cauca

"A Guarda (Indígena Cauca) deve zelar pela vida de tudo e de todos. Então acreditamos que, se essa comunicação continuar, o cachorro Wilson com certeza vai sair, mas foi aquela troca, digamos espiritual, para os indígenas aparecerem", acrescentou.


CACHORRO SE ASSUSTA E SOME NA FLORESTA

O cachorro Wilson sumiu na floresta após participar das buscas pelas crianças que passaram 40 dias perdidas. Ele foi visto duas vezes pela equipe que o procura. No entanto, segundo o capitão do Exército da Colômbia, Ender Montiel, o animal não responde aos comandos e não se aproxima dos militares.


"Em duas ocasiões, Wilson chegou a ficar a 15 metros das tropas, mas não se aproxima, está arisco", disse Montiel, que também participou das buscas pelos irmãos. O militar não sabe informar por qual motivo o animal tem reagido assim.

Wilson é um pastor belga que integra as Forças Armadas colombianas. Ele chegou a ficar por um tempo com as quatro crianças perdidas, mas, depois, se perdeu delas e das equipes de busca.

Por isso, uma nova operação foi montada para encontrar o animal e há até um abaixo-assinado com mais de 40 mil assinaturas, direcionado ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, para que o cão não seja abandonado.

Diario do Nordeste

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