O líder da Frente Nacional de Lutas (FNL), José Rainha Júnior, afirmou nesta quinta-feira (3) que vai levar “para o cemitério” os motivos da divergência com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A declaração foi dada em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, que investiga as invasões de terra ocorridas nos últimos anos.
Questionado pelo relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), Rainha confirmou que integrou o MST até 2003 e que, em seguida, saiu para fundar a FNL. Ele, no entanto, não quis explicar o motivo do afastamento. “Todos os movimentos têm suas divergências. A minha ordem de divergência política com o MST eu prefiro dizer que levarei para o cemitério.”
Em seguida, Salles alfinetou Rainha: “Provavelmente, se as expuser, vai mais cedo para o cemitério”. O sindicalista disse, então, que saiu do MST por decisão própria, e não por expulsão.
Por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ele teve direito ao silêncio quando as respostas puderam incriminá-lo. No entanto, ele respondeu às perguntas dos parlamentares.