O ex-governador Ciro Gomes (PDT) foi convidado pelo Ministério Público Estadual (MPCE) para prestar esclarecimentos sobre uma fala em que ele sugeriu que seis vereadores de Fortaleza teriam relação com facções criminosas. Ciro, porém, não foi notificado e, até o momento, o esclarecimento ainda não ocorreu.
O convite foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) no último dia 11 de julho, sendo que a oitiva ocorreria no dia 19 na sede do Gaeco.
O POVO procurou o MPCE para saber se o ex-presidenciável compareceu para o esclarecimento e se está em andamento investigação sobre o relato. O órgão informou que “mesmo após várias tentativas do Gaeco”, Ciro Gomes não foi localizado.
A reportagem também buscou contato com Ciro Gomes através de sua assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Entenda o caso
A fala de Ciro relacionando os vereadores a grupos criminosos ocorreu no último dia 21 de junho, durante palestra sobre segurança pública realizada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Ceará (OAB-CE).
Ao descrever um suposto interesse das facções criminosas em se infiltrar na política partidária, Ciro se dirigiu ao presidente da Câmara de Fortaleza (CMFor), Gardel Rolim (PDT).
“Como é o nome mesmo, Gardel, que falam? Dizem assim, que tem seis vereadores que já são interessados. Estou provocando o presidente da Câmara aqui e ele jamais vai saber quem são”.
Em nota, Gardel Rolim afirmou que nenhum dos vereadores têm qualquer histórico de conduta inadequada.
Confira a íntegra da nota do MPCE sobre o caso
O Gaeco do MPCE informa que instaurou procedimento com o objetivo de convidar o ex-governador Ciro Gomes para prestar esclarecimentos sobre uma declaração dada por ele em uma palestra na OAB/CE.
Na ocasião, Ciro afirmou que seis vereadores de Fortaleza teriam envolvimento com facções criminosas. Contudo, o ex-governador, mesmo após várias tentativas do Gaeco, não foi localizado.
O Povo