PSDB nega que fará parte do Governo Lula: ‘’sob nenhum pretexto’’, diz nota do partido

 


Espremido no Brasil após sucessivas derrotas que o levaram a emagrecer no Executivo e, principalmente, no Legislativo, o PSDB, com apenas 18 deputados federais, se transformou em uma legenda nanica e, agora, é alvo de especulações sobre uma possível adesão ao Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Governador do Rio Grande do Sul e presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite, rechaçou a hipótese de desembarque tucano na administração federal, disse que o partido se mantém independente e como oposição e que apresentará, para 2026, um novo caminho para o Brasil.

“Vamos apresentar propostas em 2026 para que a população brasileira tenha alternativa, para que os brasileiros não tenham de escolher entre o pior e o menos pior’’, disse o líder tucano, ao afirmar, ainda, que o PSDB irá trabalhar para corrigir e aperfeiçoar os projetos que o governo apresentar, como foi o caso da Reforma Tributária, que só parou em pé após a atuação firme dos governadores.

A Executiva Nacional do PSDB divulgou, por meio de nota, nesta quarta-feira, que irá fazer parte do Governo Lula. A nota destaca que o tucanato não estará no governo “em cargo nenhum e sob nenhum pretexto”.

A nota reafirma, ainda, o respeito da sigla ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diz que o PSDB mantém uma relação institucional com o governo em “defesa da população brasileira e do Brasil”. Na nota, o partido reforça o papel de oposição à gestão petista e, referindo-se à presença de quadros tucanos no Planalto, assegura que o “desejo não irá se realizar”.

NOTA DO PSDB
O PSDB não fará parte do atual governo federal comandado pelo PT, em cargo nenhum e sob nenhum pretexto. Respeitamos o presidente Lula. Ele é o presidente do Brasil, foi eleito pelos brasileiros, e temos —a executiva nacional, nossos governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores— o dever de ter com o atual governo uma relação institucional em defesa da população brasileira e do Brasil. Assim continuaremos. Sempre.
Queremos um Brasil melhor, sim. E atuaremos para isso como oposição consequente, que reconhece que não era mais possível continuar como estávamos, mas que também sabe que o país ainda não tem um caminho claro, seguro e sereno de futuro. O atual governo do PT não tem promovido ações consistentes de reconciliação nacional, talvez porque, em sua essência, não queira, não saiba ou não consiga fazê-lo. Esta é uma das muitas divergências que temos com o PT e o que ele representa. Somos diferentes, inclusive, no jeito de fazer oposição. O PT votou contra a Constituição de 1988. O PT foi contra o Plano Real. Atacaram ferozmente a lei de responsabilidade fiscal. Fizeram campanha irresponsável pelo impeachment de Fernando Henrique por mera disputa política e eleitoral. Nossa oposição, hoje, não é ao Brasil, e o presidente Lula poderá contar com o PSDB quando o melhor para o país estiver em jogo. Mas faremos isso do lugar que o povo brasileiro nos colocou na eleição passada: na oposição. E vamos apresentar propostas em 2026 para que a população brasileira tenha alternativa, para que os brasileiros não tenham de escolher entre o o pior e o menos pior.
Trabalharemos para corrigir e aperfeiçoar os projetos que o governo apresentar, como foi o caso da Reforma Tributária, que só parou em pé após a atuação firme dos governadores. E não deixaremos de denunciar com afinco este governo quando for preciso, como nas estapafúrdias tentativas de se aliar a ditadores e relativizar a democracia.
O PSDB entende o desejo de um governo querer ter nossos quadros. Realmente temos políticos e gestores públicos altamente reconhecidos por sua eficiência. Mas este desejo não irá se realizar. Somos oposição. E continuaremos sendo.

Ceara Agora

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