Iniciativa tem como meta principal retirar o país do Mapa da Fome, reduzir as taxas de pobreza e erradicar a insegurança alimentar e nutricional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, por meio da rede social X (antigo Twitter), o compromisso com o combate à fome e à insegurança alimentar no Brasil. Em publicação nesta quinta-feira (31), ele destacou a importância de garantir que os trabalhadores possam ter acesso a três refeições dignas por dia, não apenas para si, mas também para seus filhos.
Neste mesmo dia, o presidente Lula partiu para Teresina, no Piauí, onde lançou o programa “Brasil sem Fome”. Essa iniciativa do governo federal tem como meta principal retirar o país do Mapa da Fome, reduzir as taxas de pobreza e erradicar a insegurança alimentar e nutricional. O plano, chamado de Plano Brasil Sem Fome, foi aprovado pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), que envolve 24 ministérios. Ele integra um conjunto abrangente de 80 ações e políticas públicas, com aproximadamente 100 metas estabelecidas.
O programa se concentra em três eixos centrais, como explicado por Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O primeiro eixo visa garantir o acesso à renda e à cidadania, incluindo políticas de proteção social. O segundo eixo abrange a produção e o consumo de alimentos adequados e saudáveis. O terceiro eixo envolve a mobilização de outros órgãos do governo, entidades federativas e a sociedade civil para unir esforços no combate à fome no Brasil.
Embora o Brasil tenha conseguido sair do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014, a situação piorou nos anos seguintes, especialmente durante a pandemia de COVID-19. Dados recentes indicam que quase um terço da população, o equivalente a 70,3 milhões de brasileiros, enfrenta insegurança alimentar grave ou moderada. Essa situação é mais grave nos centros urbanos, onde 27 milhões de pessoas passam fome. A população mais vulnerável inclui domicílios liderados por mulheres negras, pessoas em situação de rua e comunidades tradicionais.
O “Brasil sem Fome” busca integrar sistemas de segurança alimentar, assistência social e saúde para combater essa grave questão. Entre as ações já em andamento estão o reajuste per capita do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o novo Bolsa Família, o aumento do salário mínimo e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Também faz parte do plano a retomada dos estoques públicos para regular os preços dos alimentos.
O lançamento oficial do programa ocorreu em Teresina, com a presença do presidente Lula, que assinou o decreto de criação. A implementação do “Brasil sem Fome” é uma resposta sólida ao desafio persistente da fome no país, buscando garantir uma alimentação adequada e digna para todos os brasileiros.
GC Mais