O ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) se manifestou em suas redes sociais sobre a decisão do corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão de instaurar uma investigação contra ele e a juíza federal Gabriela Hardt, ex-titulares da Operação Lava Jato, parar apurar “graves” indícios de violações praticadas no âmbito da força-tarefa.
“No fantástico mundo da Corregedoria do CNJ, recuperar dinheiro roubado dos bandidos e devolver à vítima [Petrobras] é crime. Só mesmo no governo Lula”, escreveu Moro no X, antigo Twitter.
É a primeira vez que a conduta de Moro é investigada com maior profundidade. Caso punido, ele pode virar ficha suja e se tornar inelegível. Eventuais crimes serão investigados pelo grupo da Polícia Federal (PF) que o corregedor está criando com o ministro Flávio Dino, do Ministério da Justiça.
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A decisão de Salomão se baseia em um relatório preliminar da correição realizada pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). As cortes decidiam os casos da operação em primeira e em segunda instância, respectivamente.
De acordo com Salomão, Moro e Hardt podem ter promovido, entre 2015 e 2019, o repasse de R$ 2,1 bilhões à Petrobras sem critérios objetivos. O montante teria sido transferido antes mesmo do trânsito em julgado de parte das ações penais, em um processo instaurado de ofício que não incluiu a participação de réus e investigados.