Enel anuncia suspensão temporária de venda da distribuidora de energia do Ceará

 Presidente-executivo da companhia, Flavio Cattaneo, comentou que o processo foi suspenso porque será preciso esperar pela decisão do Governo do Ceará sobre a renovação da concessão



A Enel anunciou nesta quarta-feira (22) a suspensão temporária da análise e prospecção para potencial venda da distribuidora no Ceará. A companhia chegou a informar, ano passado, um plano de alienação de ativos que envolvia o desinvestimento da concessionária cearense, em um movimento para concentrar esforços em distribuição em cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. As informações são do portal Terra.

A companhia é alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa do Ceará. O presidente-executivo da companhia, Flavio Cattaneo, comentou que o processo foi suspenso porque será preciso esperar pela decisão do Governo do Ceará sobre a renovação da concessão. “No momento, ainda está em vigor, mas teremos que ver como as discussões prosseguem, se vamos aliená-la”, disse durante entrevista coletiva.

Apesar de ter uma base comercial de 4,38 milhões de unidades consumidoras atendidas, a Enel Ceará é uma das distribuidoras de energia com contratos vencendo nos próximos anos e que poderá renová-los sob novas regras definidas pelo Ministério de Minas e Energia, ora analisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

DIFICULDADES

O diretor de Negócios no restante do mundo, Alberto De Paoli, falou sobre os apagões que deixaram sem luz milhões de clientes em São Paulo e no Rio de Janeiro. As tempestades registradas naqueles estados foram as responsáveis pela falta de energia

“Fizemos o impossível, mobilizamos nossas equipes, estabelecemos uma espécie de interdependência entre nossas redes em busca de ajuda. No entanto, como foi dito, precisamos lembrar que isso é resultado das mudanças climáticas e novas necessidades estão surgindo, exigindo a busca por novas soluções”, afirmou o executivo.

A Enel São Paulo, segunda maior distribuidora de energia do País, que atende a todas as cidades da Região Metropolitana de São Paulo, recebeu muitas críticas pela demora no restabelecimento da energia aos clientes após o apagão do início de novembro. Segundo a companhia, a grande quantidade de árvores que caíram sobre a rede elétrica foi responsável pela demora da resolução do problema. A Prefeitura de São Paulo chegou a solicitar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato da distribuidora, mas advogados entenderam que o caso não justificava, a princípio, o cancelameento da concessão.


Opniao CE

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