Sete veículos de luxo, entre carros, um deles blindado, uma UTV e um jetski foram capturados durante a 8ª fase da operação Profilaxia, em ofensiva realizada nesta terça-feira (28), em Maranguape, no Ceará, e no Rio de Janeiro.
Com atuação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) e apoio de policiais civis do Rio de Janeiro, 13 pessoas foram presas, nove delas em solo cearense e as outras quatro no Rio, suspeitas de integrarem uma facção criminosa.
Ao todo, 40 equipes policiais estiveram envolvidas na ofensiva para o cumprimento de decisões judiciais contra alvos das investigações coordenadas pela Draco desde o início deste ano. O foco é prender chefes de grupos criminosos envolvidos com tráfico de drogas e homicídios no Ceará.
"Esse grupo criminoso vinha se perpetuando há algum tempo em Maranguape, principalmente no tráfico de drogas e em crimes violentos. Alguns deles nós já conseguimos elucidar em meio às investigações e essas informações foram compartilhadas com as delegacias responsáveis", reforçou Huggo Leonardo, delegado adjunto da Draco.
O Rio de Janeiro, segundo aponta a investigação, seria o local onde alguns dos chefes da facção criminosa estariam escondidos, o que resultou na captura de quatro indivíduos nesta terça (28). Assim, 12 mandados de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão foram cumpridos pelos investigadores.
Além dos supostos chefes da organização criminosa, um advogado de 69 anos também foi preso em Maranguape, em porte de uma arma de fogo. Segundo as informações policiais, ele tinha ligação direta com o grupo criminoso em atuação no Município, sendo preso em flagrante mesmo não sendo um dos alvos da operação. O homem foi liberado no fim da manhã após pagamento de fiança de R$ 4,5 mil.
OUTROS ITENS DE LUXO
Outros cinco imóveis localizados nas cidades de Maranguape e Beberibe também foram sequestrados durante a ofensiva. Na contagem, também foram apreendidos oito armas de fogo e um simulacro de arma de fogo. Conforme informações da Draco, as ações policiais terão continuidade com o objetivo de capturar os demais alvos apontados pela investigação.
Sobre o valor dos veículos apreendidos, a principal hipótese é de que eles estejam conectados a uma forma de exercer comando. "A companheira do chefe do grupo fazia questão de ostentar esses bens, uma forma de demonstrar o poder que eles achavam que tinham no município de Maranguape", enfatizou o delegado adjunto.
Conforme Huggo Leonardo, os veículos e os demais itens de luxo foram adquiridos ao longo dos anos em decorrência do tráfico de drogas. Entre os imóveis, foram sequestrados um triplex em Maranguape e um duplex em Beberibe. Inicialmente, cerca de R$ 2 milhões em bens foram sequestrados durante a operação da Draco nesta terça.